“Não vejo isto simplesmente como um carro, mas, sim como uma obra de arte.”

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É dessa forma que o curitibano Algemiro Luiz Graczkowski se refere ao seu automóvel marca Humber, de fabricação inglesa, ano 1963 e chegamos a pensar que, se não for exemplar único no país, no mínimo é o mais original e conservado de todos.

Basta dizer que, Algemiro pegou-o com 41.000 e em 12 anos rodou apenas 1.310 quilometros! Por outro lado, o que o prezado leitor acha de acordo de cavalheiros feito entre dois amigos antigomobilistas, segundo o qual cada vez que um deles quer se desfazer de um carro oferece-o primeiro ao amigo?

Pois é, esse acordo foi feito entre Algemiro e Luiz Carlos Pereira e o citado Humber é fruto do mesmo. Desde guri, quando chegou perto de um MG modelo TC, Algemiro gostou de carros europeus, sobretudo dos ingleses.

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Seu tio possuía um Vanguard 1951 e depois um Austin A40, aumentando então o seu gosto por esses veículos. O primeiro carro inglês que teve, em 1994, foi um Morris modelo Oxford 1951, adquirido de Luiz Carlos Pereira, seu amigo desde 1985.

Em 1997, revendeu este carro ao amigo, ficando com o seu Humber, automóvel que já “namorava” há algum tempo. O veículo estava e continua praticamente todo original, a não ser pela pintura externa que foi refeita e o relógio marcador de combustível, que foi importado por Algemiro. Em 2008 foi refeita a pintura externa nos moldes da original, tipo saia e blusa, sendo Cinza Himalaia na parte de cima e Verde Petróleo na parte inferior.

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Sendo modelo Sceptre (Cetro do Rei), o automóvel possui quatro portas, motor dianteiro de 4 cilindros refrigerado a água e 1.598cc, dois carburadores, 78 cavalos a 5.000 giros, câmbio de 4 marchas normais mais duas no “over-drive”com trambulador no assoalho, freio a disco na frente e a tambor atrás marca Lockeed, servo-freio auxiliar, sistema elétrico 12 volts, limpador de para-brisa elétrico com cabo de aço, estofamento na côr externa, luz de ré e piscas de fábrica, para-brisas dianteiro e traseiro curvos, cinzeiros na frente e nas portas traseiras, freio de mão no assoalho do lado esquerdo do banco do motorista, direção mecânica, aro de pneus tamanho 13 polegadas, ar quente e buzina no aro do volante, entre outros ítens. A chave de ignição é caso a parte: conta com número de fábrica, o qual consta da plaqueta de identificação do veículo também.

O painel, dos mais completos e bonitos, possui, na parte superior, em relógios separados, conta-giro mecânico com cabo, velocímetro com odômetro parcial e total, marcador de temperatura do motor, marcador de pressão do óleo e de combustível, além de amperímetro; na parte inferior, relógio elétrico marcador do tempo, acendedor de cigarro e botão para bombear água do reservatório ao para-brisa.

Rico em peças cromadas interna e externamente, tem ainda ventarolas nas portas frontais e traseiras. A parte frontal lembra a de um automóvel Rolls Royce. Não é a toa que Algemiro diz: “Se eu pudesse colocaria esse carro na sala de visitas da minha casa.” Na foto, Algemiro e a sua beleza de Humber.