Diz um “velho deitado” popular que, “caboco viajado vale por dois”. Portanto, viajar é preciso.

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Quem não acalenta desejo de fazer uma grande viagem de aventura, mas, por um ou outro motivo, deixa de realiza-lo?

Pois, podemos dizer que, quem tiver esse desejo que realize-o de qualquer maneira e nunca se arrependerá por isso.

Muito pelo contrário. O antigomobilista e motociclista de quatro costados curitibano Mirion Francisco Langaro não deixa por menos, já acostumado a longas jornadas sobre duas rodas.

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Ele e mais três amigos acabam de concluir o Projeto Caribe, fantástica viagem de motocicleta, cuja história passamos a abordar a partir desta edição, aproveitando sem nada modificar o próprio relatório que fez sobre a mesma, autêntico, pois, se alterássemos alguma coisa a graça, a emoção, a realidade não seriam as mesmas. De uma obra não se altera nada, se não quisermos que se perca a sua autenticidade.

Bem, vamos lá então, ao gosto dos aventureiros: “Projeto Caribe – Motociclistas viajantes, ao concluírem uma viagem, sempre têm em mente uma pergunta: qual será a próxima? Assim foi ao concluir o Projeto Machu Pichu, que sucedeu ao Projeto Ushuaia, que sucedeu ao projeto Transamazônica.

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O Caribe e suas histórias de piratas, marinheiros e corsários, sempre mexeu com o nosso imaginário desde a infância, quando estudávamos uma matéria chamada História Geral, com os Grandes Descobrimentos, Caminhos para as Índias, descoberta da América e Brasil.

Piratas e corsários são diferentes do ponto de vista oficial, mas semelhantes em relação aos seus atos: ambos eram bandoleiros do mar e saqueadores de riquezas.

Como o “virus” de viagem de moto resulta num efeito crônico, sem querer o Caribe foi tomando nosso pensamento, com seu mar transparente e verde, suas ilhas paradisíacas e o ritmo da “lanera”, sua música típica.

Como chegar até a costa da Venezuela e ao Mar do Caribe? Pensamos em um trajeto pela Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil, via Roraima. Já tínhamos rodado por aqueles países, mas não em Rondônia, Amazonas e Roraima.

O Brasil mereceu nossa preferência e optamos pelo trajeto que começou em Curitiba e São Mateus do Sul, passou por São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, chegando em Rondônia e sua capital Porto Velho.

No planejamento da viagem, não tínhamos informações precisas do trecho Porto Velho a Manaus e deixamos a decisão de como fazermos esse trecho ao chegarmos a Porto Velho. De Manaus a Caracas, o planejamento foi cumprido.

Idéia na cabeça e um companheiro de outras viagens – Ivane Zacarias – amigo e colega de trabalho há 27 anos, decidiu ir junto. Logo depois, Clodoaldo Goll, amigo de poucos mas intensos anos se uniu ao grupo.

O “virus” de viagem de moto também atingiu Nélio de Oliveira, residente em Curitiba, colega de várias atividades profissionais e companheiro do Projeto Peru, que decidiu ir e formamos um grupo extremamente homogêneo, tanto na tocada de estrada como no modo de ser durante a viagem.” A foto que estampamos hoje retrata o embarque das motocicletas no Porto Cai N’Agua, no Rio Madeira, em Porto Velho/RO. A aventura continua.