Por mudanças sutis, estratégia da Toyota de se manter ativa e garantir a liderança no segmento, foram pelo que passou o novo Corolla 2012. Tática reforçada pelo novo ponto de equilíbrio na gama, que valorizou os modelos mais acessíveis, equipados com motor 1.8 16V. Caso da versão GLi avaliada pelo Jornal do Automóvel.
Como num passe de mágica, a Toyota mudou a aparência do Corolla sem mexer na carroceria. Para isso, trocou pára-choques (de plástico), grade e faróis e lanternas, que ocuparam o mesmo lugar dos anteriores.
Na cabine, o “design” é o mesmo apresentado em 2008. As alterações ali se resumem a detalhes. Em todas as versões, com exceção da topo de linha Altis, o painel ganhou novas tonalidades de cinza: escura, na parte superior, e clara, na inferior.
E a Altis, que tem acabamento bege, ganhou novos apliques que imitam madeira, mais escuros. Novidade, também, é a tomada auxiliar, no console. E os bancos têm agora novas padronagens.
Mas a arma de sedução do Corolla nunca foi o “design”. As qualidades mecânicas e dinâmicas sempre falaram mais alto. E a grande alteração mecânica foi promovida no motor 1.8 16V, que equipa as versões mais baratas, XLi e GLi, que deixaram o modelo mais competitivo.
O motor rende 144 cv, 8 cv a mais que antes. E essa melhoria é facilmente sentida. Acima das 2.500 rpm, o desempenho é satisfatório para um sedã com pretensões familiares.
O motor evoluiu bastante, mas o câmbio automático continua com quatro marchas, apenas. Não existe muitos porta-objetos no console central do modelo. E seu porta-malas tem espaço considerável de 470 litros.
No dia a dia, o Corolla GLi 1.8 automático continua o bom sedã de sempre, com rodar confortável, ao mesmo tempo que exibe uma dirigibilidade exemplar. Sua direção elétrica – leve, quando o carro se desloca na cidade, em baixa velocidade, e mais firme, na estrada – segue os comandos do motorista com obediência incrível.
E a suspensão, apesar da calibragem macia, assegura bom nível de estabilidade. No limite da aderência, o Corolla GLi tende a sair de frente. Mas nada que assuste ou incomode o motorista, uma vez que ele tem um comportamento bastante previsível e avisa o motorista muito antes.
Quanto à segurança, vem equipado com duplo “airbag”, ABS e EBD. A discreta reestilização é bem-vinda. Apesar da Toyota alegar que motor 1.8 18V deixou o Corolla mais ágil e econômico, o consumo depende da maneira de dirigir de cada um.
O principal concorrente do Corolla é o Honda Civic e isso fica claro no preço. Rivais mais modernos como Peugeot 408 e Renault Fluence vêm mais equipados por menos. Mas na categoria dos sedãs médios o Corolla GLi 1.8 ainda agrada pela dirigibilidade, conforto e segurança.