O que falar de um carro que foi o mais vendido no disputado mercado norte-americano, nos últimos quatro anos? Desde o seu lançamento, já são mais de 10 milhões de unidades vendidas, em mais de 100 países. É o Toyota Camry, que ganhou imponência e muita força em sua sexta geração.
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O sedã impressiona. A receita básica desta categoria, de beirar os cinco metros de comprimento, é seguida à risca. O desenho da carroceria, com vincos pronunciados e lanternas vistosas, deixa o carro com um jeitão musculoso. Um brutamontes de rugido dócil, mas violento com quem o provoca pisando no pedal da direita.
Acordar os 284 cavalos que moram em seus seis cilindros só não é um desafio maior devido à farta eletrônica embarcada. Qualquer deslize é corrigido. Ele não deixa o nobre motorista passar do ponto. Apenas acho que a engenharia deveria ter programado os sensores para atuarem de forma mais amistosa. Tanto o controle de tração quanto o de estabilidade entram em ação muito cedo. Está certo que não estamos falando de um carro de competição, e sim de um sedã luxuoso que serve a executivos e afortunados pais de família. Mas tudo isso deixa o carro amestrado demais.
Conforto
Todos os mimos obrigatórios nesse nicho de mercado estão presentes no Camry. De novidade, um moderno sistema de ar-condicionado. É deixar no automático, escolher a temperatura e aproveitar o passeio. Se for vítima de uma nuvem de fumaça lançada por um ônibus, por exemplo, não precisa se preocupar. O ?nariz? do carro, no caso um sensor, sente o cheiro por você e não deixa o ar externo entrar por alguns instantes. Quando ele percebe que a barra está limpa, reabre tudo. Tecnologia pura, batizada pelos japoneses de Plasmacluster. Um moderno sistema que ainda purifica o ar através de um sistema de ionização.
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Luxo
O interior deste Toyota é muito bem acabado. O couro de boa qualidade se mistura a detalhes de madeira clara e apliques que imitam alumínio. O painel de instrumentos é um show à parte. É holográfico como nos Lexus, divisão de alto luxo da montadora japonesa. Com o carro desligado, fica tudo escondido. É só girar a chave pra acordar uma profusão de luzes. Os ponteiros flutuam sobre os marcadores, que ficam um nível abaixo dos grandes e circulares mostradores do computador de bordo. Nesse caso, uma dica: não deixe visível a opção de média de consumo. Você pode se decepcionar ao saber que ele faz menos de 5 km/l na cidade. Nem tudo é perfeito!
Usina
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Ele bebe, mas compensa cada centavo – pra quem pode pagar, é claro – com uma vivacidade só vista em superesportivos e automóveis de alto luxo que custam bem mais. O motor é um V6 de 3.5 litros e 284 cv, com duplo comando de válvulas variável. Tudo gerenciado por uma caixa automática de seis velocidades, com opção de trocas manuais na alavanca. Aí, uma grata surpresa. No modo seqüencial, pode pisar até o limite de corte que ele não baixa marcha antes de você autorizar. Ponto pra Toyota.
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