Tendencia “Carros verdes” ainda passam longe do Brasil

Nos últimos anos, o conceito “carro verde” vem dominando o setor automotivo. A ordem nas montadoras é criar soluções sustentáveis sobre quatro rodas. Enquanto nos mercados mais desenvolvidos os carros híbridos e elétricos são uma realidade, no Brasil essa tendência, por enquanto, não passa de uma dezena de modelos com tecnologias que reduzem a emissão de dióxido de carbono no meio ambiente. Aproveitando que as atenções do mundo estão voltadas para o Brasil com a realização do Rio+20 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, na capital carioca, listamos os automóveis mais eficientes (menos poluentes) que já rodam pelas ruas brasileiras.

Combustão

Modelos da Fiat, Honda e VW são equipados com econômetro

Além do uso do etanol, uma matriz energética mais limpa, o mercado brasileiro também oferece carros com tecnologias que auxiliam o motorista em uma condução mais econômica, seja por um indicador no painel ou por mudanças na dinâmica do veículo. E, apesar de não serem híbridos ou elétricos, são vendidos por algumas montadoras com o selo de “carros verdes”.

É o caso do Fiat Uno Economy. O modelo possui um “Econômetro”, que indica quando o condutor está dirigindo de forma mais econômica. Segundo a montadora, ele faz 16,3 km/litro na cidade e 21,5 km/litro na estrada com gasolina.

A Honda introduziu em alguns modelos da linha 2012, como o Civic, o novo sistema Econ, que orienta o motorista a utilizar a forma mais econômica de condução.

Os representantes da Volkswagen neste segmento são o Polo e o Fox BlueMotion, com motor 1.6. Dados de fábrica apontam que os modelos seriam capazes de fazer 16,1 km/litro na média cidade/estrada, abastecido com gasolina. Isso o deixaria 10% mais econômico do que a versão similar.

Apesar de contar com o “hybrid” no nome, o Smart fortwo MHD (micro hybrid drive) possui motor apenas a combustão. Mesmo assim, assumiu o posto de um dos modelos mais econômicos que circulam pelas ruas brasileiras.

Híbridos

Fusion, Prius, Mercedes BlueHybrid e BMW Série7 ActiveHybrid

Uma das soluções adotadas pelas montadoras para poluir menor e baixar o consumo de combustível dos veículos é combinar o propulsor a combustão e a elétrica, os chamados carros híbridos. No Brasil, há três representantes deste nicho.

O Ford Fusion 2.5 Hybrid, de 193 cv, é a porta de entrada para o brasileiro neste mundo alternativo. Lançado no fim de 2010 por aqui, atualmente vende cerca de 170 unidades por mês. É comercializado por R$ 133,9 e pode fazer 16,5 km/l na cidade e 19,4 km/l na estrada e operar de modo puramente elétrico até 75 km/h. O Mercedes-Benz S400 3.5 BlueHybrid, de 279 cv, chegou ao Brasil em 2010 com o status de ser o primeiro do gênero no país. O sistema elétrico age durante as arrancadas e retomadas, fornecendo força extra e poupando o motor à combustão. O sedã possui ainda a tecnologia Stop/Start. O preço é para poucos: perto de R$ 520 mil.

Por R$ 546 mil, o consumidor brasileiro pode rodar com um BMW Série 7 ActiveHybrid. É o primeiro sedã híbrido da marca alemã. Ele é equipado com um motor 4.4 V8 biturbo a gasolina, combinado com um propulsor elétrico. Juntos geram impressionantes 465 cv. O consumo médio é de 10,6 km/l. Para poluir menos, o BMW foi projetado com automática de oito marchas e a função Start/Stop. A Toyota trará em setembro o Prius, o modelo japonês híbrido mais vendido no mundo. No Brasil, deverá custar entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. Segundo a marca, o modelo tem um consumo de 25 km/l, o que dá uma autonomia de 1.150 km. O condutor tem a opção de escolher entre utilizar os dois motores (elétrico e térmico) simultaneamente ou rodar 100% elétrico.

Três modelos elétricos circulam pelo país

No Bra,sil, os carros elétricos se resumem a três modelos em circulação atualmente. O Fiat Palio elétrico, desenvolvido em parceria com a Itaipu Hidrelétrica, é utilizado apenas por funcionários para irem da casa ao trabalho. A Mitsubishi trouxe o i-MiEV, que desembarcou no país em 2010 para testes, sendo guiado até pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que até agora teve apenas uma unidade vendida.
O terceiro modelo é o Nissan Leaf, que já opera como táxi em São Paulo, com duas unidades em circulação e é o carro oficial do Rio+20. A marca japonesa foi a primeira montadora a produzir um carro com este conceito em grande escala. O modelo tem autonomia de aproximadamente 160 km e sua motorização gera 107 cv de potência. Pertence ao grupo dos carros plug-in, que precisam ser recarregados em tomadas.

Nos mercados da Ásia, Europa e nos Estados Unidos, os modelos com conceito 100% elétrico ou zero de emissões de poluentes são vistos com mais frequência nas ruas. Além do Leaf, há também o GM Volt, concorrente do produto japonês no mercado norte-americano. Porém, ao contrário do Leaf, ele utiliza também um motor a gasolina, que entra em operação para recarregar a bateria quando esta acaba (isso ocorre antes do 80 quilômetros rodados), fazendo com a autonomia passe dos 500 km. É classificado por muitos como um híbrido plug-in.

A Toyota apresentou recentemente o RAV4 EV, com autonomia aproximada de 160 km e motor de 155 cv. São necessárias seis horas para que a bateria seja recarregada em tomada de 240V. O modelo custará perto de US$ 51 mil (R$ 103 mil).

Na Europa, a França é o país que mais incentiva a eletrificação nos carros. O governo dá subsídios para a sua comercialização. A Renault, por exemplo, possui a família ZE (Zero Emission), que já conta com Fluence e Kangoo elétricos, além do exótico Twizy, que leva apenas duas pessoas, e o compacto Zoe, o primeiro modelo “popular” 100% elétrico do mundo, que já pode ser encomendado por cerca de 15 mil euros (R$ 39 mil). A Peugeot aposta no compacto i0n e a Citroën, no C-Zero este o carro oficial da segurança do Papa. As duas marcas, que formam o grupo PSA, também vendem os primeiros híbridos a diesel do mundo, o Peugeot 3008 e o Citroën DS5.

Divulgação
Mitsubishi I Miev.
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Palio Weekend Wletrico.
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Fusion Hybrid.
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