Em época de clima seco, é comum o carro acumular mais pó e sujeira que o normal. O que significa idas frequentes a um lavacar ou reservar um horário de fim de semana para a ducha doméstica. Porém, a falta de tempo de muitos acaba por prorrogar ainda mais a aparência suja do veículo.
De olho neste problema tão comum no dia a dia do motorista, a empresa CWB Detail decidiu há um ano investir em um produto capaz não só de eliminar a sujeira com um simples esguicho d’água, sem a necessidade de esponja e sabão, como também evitar que ela se fixe no automóvel. Dependendo de ‘São Pedro’, uma chuva ou até garoa já é suficiente para realizar a limpeza.
O produto no caso é o Ceramic Pro 9H, um revestimento de pintura com proteção permanente que, segundo informa a loja curitibana, garante alto brilho, efeito hidrofóbico (repele a água e previne a aderência de qualquer contaminante) e resistência a riscos, além de evitar o dano com ingredientes químicos e raios solares UV.
Desenvolvido na Rússia, este tipo de cera chegou ao Brasil recentemente. Não é vendido no varejo, sendo usado apenas por empresas credenciadas pela representante oficial no país, com sede em Santa Catarina.
A aplicação do produto requer um nível de exigência bem mais complexo do que uma lavagem comercial simples. O serviço dura pelo menos três dias e faz uso de técnicas para a retirada das sujeiras mais encrustadas e também no polimento e na secagem.
“Algumas concessionárias até tentaram se habilitar para aplicar o produto, mas não atendiam à política da matriz”, afirma André Marques Vinharski, 36 anos, sócio-proprietário da CWB Detail, ao lado de Edurado Schwarz, 31 anos. “Um detailer (representante da fábrica) fica de olho no mercado em busca de empresas com perfil para trabalhar com o Ceramic Pro 9H. E fomos uma das escolhidas”, conta.
O empresário revela que o único componente nacional do kit é a esponja. O restante vem de fora, como os pincéis e a luva de lã de carneiro (origem australiana), além do shampoo automotivo (norte-americano).
Há modelos que exigem ‘ferramentas’ mais específicas para a retirada da sujeira, como os esportivos de luxo. O Mercedes-Benz C63 AMG que ilustra a matéria, por exemplo, possui enormes pinças de freio, que ficam rente à roda, criando um espaço mínimo para a limpeza. “Temos uma escova específica para a retirada de impurezas escondidas em lugares que a esponja não alcança”, afirma.
Já a luva de lã retém as sujeiras, evitando que retornem à lataria. Até uma toalha em microfibra é usada para evitar riscos, além de absorver cinco vezes mais água que uma toalha normal, agilizando o trabalho.
Preço
Dividido em quatros etapas que inclui lavagem, polimento, aplicação da cera e secagem, o serviço requer de três a cinco dias para ficar pronto. O resultado é tão interessante que só há disponibilidade de agendamento de novos clientes para o meio de setembro.
“O serviço é feito por mim e pelo meu sócio. Não queremos montar uma ‘linha de produção’ (como ocorre em postos, lavajatos e concessionárias). Além de gostar do que faço, é uma maneira de estarmos à frente do processo, pois o custo é alto para o cliente”, enfatiza Vinharski.
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O preço para a aplicação do Ceramic Pro 9H gira entre R$ 1,5 mil a R$ 6 mil, dependendo do porte do carro e do número de camadas sobrepostas, que pode variar de uma a 12 lâminas do pro,duto. Quanto mais camadas, maior o grau de resistência a esbarrão, riscos, fluidos químicos e excremento de pássaros, que poderia queimar o verniz.
“Cotamos o preço pelo tamanho do veículo e a quantidade de produtos empregados e não pelo valor do carro. O serviço de R$ 1,5 mil vale tanto para um Hyundai HB20 quando para um Audi R8, que possuem dimensões parecidas e exigem o mesmo trabalho”, complementa o dono CWB Detail.
Manutenção
A empresa oferece 5 anos garantia e as camadas de proteção são permanentes, só sendo removidas com um polimento agressivo. No entanto, o proprietário da loja aconselha uma avaliação semestral para observar se houve uma perda no brilho. “Temos um produto da Ceramic Pro que puxa o brilho novamente, no caso daqueles veículos que costumam rodar bastante na estrada. De cada dez clientes, cinco voltam para a avaliação, mas nem todos têm a necessidade da manutenção”, finaliza.
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