Suzuki Intruder? Sim! E muito boa de estrada

Engana-se quem pensa que apenas carros podem ser customizados. As motos também dão lugar às modificações e viram obras de arte sobre duas rodas. Assim ficou a Suzuki Intruder 1998 do analista de sistemas Marco Micheletto. Quando a comprou, em 2005, já começou com as modificações estéticas e de motor, que a deixaram extremamente confortável de ser pilotada na estrada.

No motor, as alterações já começaram nos pistões. Os originais eram de 0.25 milímetros e foram trocados por outros com o dobro do tamanho. O aumento da atividade dos pistões resultou no salto de 1.400 cilindradas para 1.500 cilindradas. E apesar do aumento da potência -o tanque de 13 litros também foi substituído por outro de 18 litros – o consumo da moto permaneceu o mesmo: 13 Km/l na cidade e 18 Km/l na estrada. Tão econômica quanto um carro popular.

O comando avançado (sistema de embreagem) foi trocado por outro da Jardine, mais alongado, que deixa as pernas do piloto mais esticadas e relaxadas. E a mudança ergonômica não prejudicou o uso da embreagem. Pelo contrário, deixou a troca de marchas mais fácil e o piloto mais confortável. O escapamento, da Halley Motos, de São Paulo, também foi alongado, para diminuir o retorno dos gases tóxicos da combustão ao motor.

A Intruder de Marco também foi rebaixada em cerca de 15 centímetros. Ganhou amortecedores traseiros progressivos (que podem ter a altura regulada) de 11.5 polegadas (os originais eram de 15 polegadas). Apesar deste tipo de regulagem ser proibida em automóveis, nas motos ela é permitida.

A parte estética começou com a troca das rodas, mas só nos modelos, pois o tamanho dos aros continuou o mesmo: 19 polegadas na frente e 18 polegadas atrás. Ao invés do modelo raiado original da Intruder, a dianteira agora é uma RC 2.15 modelo Slash. Para o conjunto, Marco ainda optou por discos de freios ventilados australianos. A traseira é uma RC 5.5 modelo smoothie, completamente “fechada”, numa liga de metais à prova de trincas.

O guidão também é da Halley Motos, um modelo exclusivamente criado para a Intruder. Já as manoplas cromadas Kuryakyn, importadas dos Estados Unidos, possuem gomos emborrachados que trouxeram estilo e muito conforto à pilotagem. O banco em couro foi feito no Peninha (ali no Prado Velho). Ao invés do modelo cheio de gomos, original do modelo, o analista de sistemas optou por outro todo liso e mais baixo, o que possibilitou que as pernas não ficassem tão abertas, nem batendo nas laterais do novo tanque mais largo. Apenas o banco do carona ganhou a costura desenhada em flames.

A Intruder

O modelo começou a ser produzido em 1987 e saiu de linha em 2008, para ser substituída pela linha Boulevard. Mesmo assim, a Intruder trouxe inovações que quebraram vários paradigmas na época e que continuam sendo referência até hoje, como o conjunto de sistema OHC com tuchos hidráulicos em motores V, junto com o sistema hidráulico de embreagem e transmissão a cardan. Foi o primeiro modelo cruiser da Suzuki que fez frente à Harley Davidson.

Como explica seu próprio dono, o encerramento da fabricação se deu por dificuldades de adequar o sistema de refrigeração da Intruder e a alimentação da injeção eletrônica, já que por causa da distância entre seus dois carburadores, seriam necessárias duas centrais eletrônicas independentes na moto, uma complexidade que daria ao modelo um custo inviável. Justamente por isto, além do peso e tamanho do motor, dotado apenas de um pequeno radiador a óleo, a Intruder esquenta muito e não é ideal para rodar na cidade, principalmente nos engarrafamentos. No entanto, descreve seu dono, é de extremo prazer para se rodar na estrada. Não é à toa que Marco já fez uma viagem de 1.300 quilômetros até o Mato Grosso, numa cidade próxima a Bonito. E garante q,ue fará quantas outras mais puder planejar.

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Marco André Lima
Veja na galeria de fotos a moto.

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