Seminovos de locadoras são um bom negócio

O que você mais irá valorizar caso pense em comprar um seminovo? Manutenção em dia, preço atraente ou quilometragem baixa? Se a preferência for pelas duas primeiras condições, então acrescente na sua pesquisa os modelos vendidos por locadoras de veículos. Foi-se o tempo em que carros com essa procedência eram sinônimos de “surrados”, por serem conduzidos por diferentes motoristas a cada semana e sem aquele compromisso de zelar pelo bem que não lhe pertence.

Os automóveis de hoje em dia estão bem mais duráveis do que há duas décadas. E no caso dos que compõem a frota de uma empresa de aluguel, existe a preocupação de mantê-los com a manutenção em dia para evitar contratempos com clientes estamos falando das locadoras conceituadas no mercado. O carro, neste caso, pode até ser muito rodado, mas, normalmente, são trocados todos os anos. Ou seja, com 12 meses de uso já são colocados à venda e com o odômetro registrando de 25 mil a 40 mil quilômetros percorridos.

“Respeitamos os prazos estabelecidos no manual do proprietário quanto às revisões. Além disso, todos passam por uma vistoria (de lataria e mecânica) antes de entrar em nosso pátio. Se forem sinistrados ou apresentarem avarias, não vão para a venda à pessoa física”, garante Claudinei Viana, supervisor de vendas da Hertz Seminovos, em Curitiba.

Ele conta que o índice de reclamação ou de retorno no prazo de garantia (de 90 dias) é inexpressivo. “Disponibilizamos todo o histórico do carro, o que foi feito nele durante o tempo de frota, além da nota fiscal de compra, manual e chave reserva”, reforça.

Alisson Adolfo Caniato, consultor de vendas da Seminovos Localiza, loja Uberaba, lembra que o automóvel é o ganha-pão das locadoras, portanto, mantê-lo em ótimo estado de conservação é essencial para a imagem da empresa. “Não podemos oferecer (leia-se alugar) carros que possam ficar parados no meio da rua. E vetamos para a revenda aqueles que apresentam problemas com alinhamento, suspensão e batidas (lateral ou frontal)”.

O consultor afirma que 99% da frota da Localiza é formada por modelos 2012 e 2013 e que unidades são repassadas para a venda a partir de seis meses de uso. “A maioria dos nossos carros tem a aparência de novo. O cliente até se surpreende quando verifica que a quilometragem está em 30 mil, por exemplo, quando por fora parece ter rodado 5 mil”, observa o vendedor.

O estado geral do veículo nem sempre está condicionado ao quanto ele rodou e sim como ele rodou. O desgaste das peças e do motor com o anda-e-para na cidade é muito maior do que transitar na estrada, na qual freio ou câmbio de marchas são bem menos acionados. “Os carros de menor cilindrada (motores 1.0 e 1.4) são locados mais para o uso urbano, para distâncias menores, enquanto os de maior potência (1.6 , 1.8 e 2.0) têm a aplicação em viagens e longos deslocamentos, por isso geralmente tem quilometragem mais elevada”, explica Caniato.

Completo com preço de básico

Apesar de ser um fator que pesa na hora da compra, o preço baixo sempre vem cercado de desconfiança. Pode mascarar um veículo batido, com problemas mecânicos ou bem desgastado pelo tempo. Esse temor, porém, não se aplica no caso das locadoras, pelo menos das idôneas. O preço reduzido em relação à média do mercado na maioria das vezes está relacionado ao fato delas comprarem seus veículos em grandes quantidades e direto das fábricas. Assim, conseguem descontos generosos e podem repassá-los na hora da revenda.

Em três lojas de locadoras pesquisadas em Curitiba, o preço variou de 5% a 30%, com média de 15% em relação à tabela Fipe (que expressa preços médios de veículos no mercado nacional). Soma-se a vantagem de se adquirir uma configuração de entrada já dotada de opcionais, como direção hidráulica, ar-condicionado e vidro,s elétricos é cada vez maior a exigência de frotistas e locatários por carros mais completos. “É possível adquirir um modelo seminovo equipado por um preço menor do que a mesma versão zero quilômetro básica, sem opcionais”, salienta Alison Canieto, da Localiza.

No caso de configurações iguais, segundo ele, a diferença no preço de um seminovo (com menos de três anos de uso) para um zero pode chegar a 30%. Economia essa que pode ser revertida em opcionais. “Sem contar que o cliente já tem o IPVA e o licenciamento pagos, além de a pintura metálica (nos carros mais populares). Só terá de arcar com o custo da transferência”, diz.

Os modelos maiores também gozam de um bom desconto, que podem alcançar a 40% comparado ao mesmo modelo zero. “Costumam vir da frota de grandes empresas, que preferem terceirizar (alugar) o serviço para cortar custos com manutenção e combustível. Os usuários são diretores e executivos”, enfatiza Sandro Iuri Pereira dos Santos, gerente da Seminovos Unidas, na capital.

Dicas

– Não dê importância à alta quilometragem. Em geral, esses carros foram usados em viagens, em condições pouco severas.

– Peça para ver o histórico do automóvel. As locadoras mais tradicionais têm isso documentado.

– Pegue placa, Renavam e todos os dados que puder para pesquisar sobre a procedência.

– Não vá com a expectativa de comprar um zero quilômetro. O nome já diz: seminovo. Portanto, releva pequenos defeitos ou arranhões. É por isso que ele sai mais em conta.

– Peça para fazer um test- drive. Verifique se o carro não tem problema. Leve um mecânico de confiança para avaliar o veículo.

– Os veículos de locadoras, geralmente, são mesmo mais em conta. No entanto, nem sempre isso é verdade. Não dispense a velha e boa pesquisa.

– Não deixe de comparar o preço de automóveis com o mesmo nível de acessórios. Hoje é difícil achar carro sem ar-condicionado em locadoras.

– Fuja dos carros com suspeita de terem sofrido acidente sério ou danos estruturais. Cautela nunca é demais.

Compra pode ser no cartão

Na hora de pagar pelo seminovo, as locadoras também oferecem a opção de parcelamento sem juros no cartão de crédito. Na Localiza, valores até R$ 10 mil podem ser divididos em 10 vezes, enquanto que na Unidas, o plano é de até R$ 24 mil em no máximo seis vezes. “Dá para colocar o carro todo no cartão”, ressalta Sandro dos Santos, da Unidas.

Quem preferir pelo financiamento do veículo, as taxas de juros podem variar de 0,99% a 2,80% ao mês, dependendo do ano de fabricação do carro, valor da entrada e do número de parcelas quanto maior a entrada, menor é o juro mensal cobrado.

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Palio Eonomy.
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