O Sandero em sua versão GT Line que traz, sobretudo, uma aparência incrementada, parece um esportivo, mas não é. Fato é que o Sandero GT Line é um carro esportivo de aparência.
Por dentro, ele realça a esportividade pelo contraste entre o uso de preto e vermelho. No encosto para cabeça dos bancos, a inscrição GT Line bordada. Todas as costuras do couro da direção e do câmbio também são em vermelho. E seu painel central ganhou bons acabamentos, em plástico brilhante, com números destacados e mostradores digitais.
Quanto ao conforto do passageiro, o carro conta com direção hidráulica, ar-condicionado,travas e vidros elétricos, rádio CD player com MP3 e controles de som na coluna de direção.
A versão sai de fábrica com diversos equipamentos, mas peca pela falta de freios ABS como item de série.
Detalhes pretos nos faróis, moldura dos faróis de neblina, lanternas e adesivos nos pára-lamas dianteiros e porta-malas, rodas de liga leve, retrovisores e “spoiler” no mesmo tom, com acabamento brilhante, são destaques do Sandero GT Line.
Seu quadro de instrumentos ostenta a cor preta no velocímetro e branca no conta-giros, com faixa vermelha aos 5.500 rpm, estranhamente abaixo da faixa de potência máxima.
O espaço interno se destaca na largura, permitindo a acomodação de até três adultos sem aperto no banco de trás.
Se o espaço é bom para o passageiro central, o mesmo não se pode dizer do cinto de três pontos e do apoio de cabeça, que estão disponíveis para esse passageiro somente nos Sanderos equipados com banco bipartido.
Outra ausência sentida foi a do ajuste de altura do volante, o que dificulta encontrar uma posição ideal para se dirigir.
Também prejudicam a ergonomia os botões dos vidros, localizados no console central.
O Renault Sandero GT Line não tem novidade na mecânica. Na verdade, apenas trouxe de volta o motor 1.6 de 16 válvulas que havia deixado de ser oferecido na linha Sandero.
Com o motor de até 112 cv (com etanol), 17 cv mais forte quando comparado aos 95 cv do 1.6 de oito válvulas, a série especial está longe de ser esportiva. A posição de dirigir é elevada e os bancos não têm suporte nas laterais.
A suspensão é ajustada para o conforto, mas permite que o carro incline nas mudanças de direção. A alavanca de câmbio apesar de engates precisos, não inspiram esportividade.
É preciso rodar com motor “sempre cheio” para tirar o melhor proveito do carro. Mesmo com estilo diferenciado, ele continua sendo um modelo com vocação popular. Só que com mais estilo.
A série limitada “Sandero GT Line” será oferecida até abril de 2011. De acordo com a montadora francesa, a previsão é vender cerca de 300 unidades por mês, pelo preço de R$ 42.590,00.