Ao se ver o Voyage 1.0 pela primeira vez o impacto é positivo. Está bonito, chama atenção e parece espaçoso.
É o resultado das belas linhas herdadas do “hatch”, com frente marcante e linha de cintura ascendente que conferem um ar de imponência ao modelo de 4,23 metros de comprimento.
E da traseira, que mesmo com um porta-malas de 480 litros, complementa harmoniosamente o conjunto e mantém a identificação familiar com o Gol por intermédio das lanternas.
Tem gente que pergunta se é verdade que o preço do Voyage é mesmo R$ 30.990,00 como afirma o comercial da Volkswagen.
Verdade é, mas o comprador vai receber um três-volumes básico (limpo), sem detalhes externos e com lista de equipamentos reduzida.
Ou seja, sem regulagem de altura do banco do condutor e abertura elétrica da tampa do porta-malas estão incluídas, mas o popular trio ar-condicionado/direção hidráulica/travas e vidros dianteiros elétricos (opcionais).
O Voyage 1.0 tem atrativos próprios tais como: volante multifuncional, “airbag” duplo, ar-condicionado, trava e controle dos vidros elétricos, painel com conta-giros, detalhes cromados e tela do computador de bordo (i-Drive), preparação especial para som, rádio AM/FM com CD/MP3, entrada para USB/Cartão SD e Bluetooth, revestimento das portas em tecido, pára-sóis equipados com espelho e luz de leitura, além de bancos traseiros bipartidos e chave tipo canivete com controles de travamento das portas e do porta-malas integrados.
Durante a avaliação do Jornal do Automóvel, como o modelo ainda é raro nas ruas, não passou despercebido no trânsito.
Seu habitáculo tem bom isolamento. No asfalto o Voyage 1.0 mostrou virtudes, rodando macio e sem solavancos.
E na estrada mostrou-se estável, sem perder a traseira, mesmo em curvas feitas em maior velocidade, transmitindo confiança ao motorista. Quando solicitados, os freios se mostraram precisos.
Mas o Voyage 1.0 não é um esportivo. E como tal, falta potência em retomadas de velocidade, ultrapassagens e em trechos mais íngremes.
Com algum tempo, o motorista acaba aprendendo a manter o motor sempre em regime alto de rotações, o que melhora o desempenho na pista, mas aumenta um pouco o consumo de combustível.
Mesmo assim, o Voyage 1.0 mostrou-se econômico. Em trecho urbano, o consumo médio alcançado foi de 9,7 km/l (com 50% de álcool e 50% de gasolina no tanque). E em alguns momentos na rodovia das praias, o indicador de consumo médio chegou a registrar 12 km/l.
Enfim, o Voyage é na verdade, um sedã básico na medida certa para quem deseja um carro elegante, confortável, estável e com preço competitivo. Vá numa concessionária e confira. (BN)
Ficha técnica
Motor Dianteiro, transversal, 1.0 8V, bicombustível
Cilindrada 999 cm³
Potência 72 cv (G) e 76 cv (A) a 5.250 rpm
Torque 9,7 cv G) e 10,6 (A) kgfm e a 3.850 rpm
Câmbio Manual, de cinco marchas e uma ré
Comprimento 4,23 m
Largura 1,65 m
Altura 1,46 m
Entre-eixo 2,46 m
Porta-malas 480 litros
Suspensão Independente, McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora de 19 mm de diâmetro nos modelos com direção hidráulica, na dianteira, e interdependente, com braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores pressurizados, na traseira Freios Duplo circuito hidráulico em diagonal, servofreio a vácuo (ABS opcional). A disco ventilado, na dianteira, e a tambor na traseira Tanque 55 litros
Consumo 16,1 km/l (G) e 11 km/l (A), em trechos mistos
Preço R$ 30.990,00,