Renault Symbol é esperto nas acelerações

Ao lançar o sedã médio premium Symbol Privilège (1.6 16V Hi-Torque), a montadora francesa estabelecida em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, deixou claro seu propósito: renovar-se num segmento competitivo com um modelo capaz de substituir o Clio Sedan e reconquistar clientes da marca.

No geral, o novo sedã fabricado na Argentina, mostrou-se mais interessante que o Renault Logan. Mais encorpado que o Clio, que ele substitui, mas distante do injustiçado sedã médio Mégane, que não foi muito bem recebido pelo consumidor como o esperado.

Durante avaliação feita pelo Jornal do Automóvel, notamos que a Renault deu especial atenção ao motorista.

A posição de dirigir é boa, garantida pela regulagem de altura do banco e do volante (que, no entanto, não ajusta a profundidade), mas é um ponto positivo do Symbol. As laterais do encosto são pronunciadas, segurando bem o corpo de quem dirige.

Seus comandos são bem-posicionados, e o painel tem leitura agradável, privilegiando instrumentos com ponteiros (em vez dos imprecisos “risquinhos digitais” usados no Logan e no Sandero).

No centro do painel frontal, onde ficam os comandos do rádio e do ar-condicionado (digital no Symbol Privilège testado, e manual na versão Expression), o design agradável.

Única parte do interior desse compacto sedã que poderia estar num carro mais caro. Há excesso de plásticos, parafusos aparentes, e algumas peças pintadas como se fossem de alumínio.

Quanto ao espaço, é bom para quatro pessoas. Mas colocar três passageiros atrás nos parece indelicadeza.

Vem de série no Symbol: direção hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, travamento automático das portas e do porta-malas quando o carro atinge 6 km/h e airbag duplo de série. Novidade, no que diz respeito aos equipamentos, é o alarme perimétrico com sensores em todas as portas, capô e porta-malas.

Rodando, o Symbol se mostrou esperto nas acelerações e retomadas, graças a seu motor 1.6 Hi-Flex que gera 110/115 cavalos (álcool/gasolina) com 15,2/16 kgfm (g/a) de torque. A suspensão privilegia o conforto, e mal se sentem às irregularidades do asfalto.

Muito bom para o uso urbano, mas tem um preço na estabilidade. Na estrada, em velocidades mais altas, o Symbol mostrou certa tendência à oscilação, mas nada que preocupe.

Seu conjunto de motor e transmissão é bem acertado. E sua transmissão manual, de cinco marchas, tem engates precisos.

O excelente porta-malas de 506 litros é outro diferencial no Symbol. Mas o excesso de ruído na cabine, tanto do motor quanto do vento, incomoda um pouco.

E a garantia de três anos, comum a outros modelos da marca francesa, também deve pesar a favor do novo sedã. (BN)

Ficha técnica

Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16V, flex, 1.598 cm³ de cilindrada
Potência: 110 cv com gasolina a 115 cv com álcool a 5.750 rpm
Torque: 15,2 kgfm com gasolina a 16 kgfm com álcool a 3.750 rpm
Direção: hidráulica
Câmbio: manual, de cinco velocidades
Suspensão: dianteira tipo McPherson, com triângulos inferiores e molas helicoidais; traseira com rodas semi-independentes e barra estabilizadora
Freios: a disco na dianteira e a tambor na traseira
Dimensões: 4,26 m de comprimento;
1,67 m de largura; 1,44 m de altura; 2,47 m de entreeixos
Peso: 1.045 kg
Tanque: 50 litros
P. malas: 506 litros
Preços: R$ 41.190,00 (Expression) e R$ 44.490,00 (Privilège)

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