A PSA Peugeot Citroën, em parceria com a Bosch, apresentou em Penedo, no Rio de Janeiro, o seu novo motor EC5, que traz como principal novidade o Flex Start (um conjunto tecnológico que permite a ausência do famoso tanquinho de gasolina no sistema bicombustível). O primeiro modelo produzido com esse dispositivo será o hatch 308, que será lançando em meados do ano que vem.

continua após a publicidade

Esta é a primeira vez que um motor com tecnologia “flex fuel” sem o tanquinho é produzido em larga escala. A Fiat chegou a divulgar  um sistema semelhante (em conjunto com a Magnetti Marelli, mas ficou apenas no projeto) e a Volkswagen apresentou, em 2009, o Polo E-Flex, que possui o mesmo sistema do 308 com motor EC5. Porém, o produto fracassou. O motor EC-5 é o primeiro equipamento VVT (duplo comando de válvulas) desenvolvido no Brasil e possui 122 cavalos de potência. Ele foi projetado no centro de desenvolvimento de Porto Real (RJ), em parceria com a França e com a China.
Flex Start

“O segredo está no aquecimento individual das lanças que são acopladas aos bicos injetores. Em uma temperatura de -5º C, todo o sistema demora apenas 10 segundos para aquecer o combustível. Outra grande novidade é o sistema Wake-up. O Flex Start inicia seu funcionamento, antes mesmo do motorista dar a partida. Basta abrir a porta que todo processo eletrônico já começa”, disse o vice presidente da divisão Gasoline Systems da Bosch, Gerson Fini.

Apesar de algo ainda pouco explorado pelas montadoras, para Fini, motores com sistema semelhantes ao da Bosch são uma grande tendência para os próximos anos. “Em 2015, teremos 50% dos veículos sem tanquinho, afirmou o diretor de desenvolvimento da PSA Peugeot Citroën, François Sigot. Em 2018, pode chegar a 90%”, afirmou. O executivo do grupo francês adiantou também que o Peugeot 308 será lançado na primeira semana de março do ano que vem.

continua após a publicidade

Mas o novo propulsor será produzido no Brasil, França e China. As unidades produzidas por aqui serão exportadas para os países da América Latina (com tecnologia bicombustível será apenas destinado ao Brasil), os franceses atenderão a Europa e os chineses serão exclusivamente oferecidos para o mercado interno.