O último relatório de síntese mensal divulgado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) já aponta que o seguro automóvel seguiu em crescimento. Os dados revelaram que a arrecadação de prêmios no seguro auto foi de R$ 22,68 bilhões apenas considerando os 5 primeiros meses de 2024, valor 2,2% superior ao do mesmo período do ano passado.

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Em 2023, o total de prêmios do seguro automóvel chegou a R$26,99 bilhões no primeiro semestre do ano, um aumento de 18,3% em comparação a 2022. Segundo Eucrésio Neto, Diretor Regional Norte Nordeste da Lojacorr, maior rede de corretoras de seguros do país, o que se vê com esses dados é uma constância de crescimento pela busca do seguro auto. “Há vários fatores a serem considerados. Houve um aumento de emplacamentos de veículos, os produtos do seguro auto também ficaram mais atrativos, com mais tecnologia e acessibilidade, devido às inovações. Além de estar ainda mais personalizados para o perfil dos clientes e contarem com corretores cada vez mais preparados para atender o mercado”, explica. 

Quanto ao emplacamento, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciou que este ano já houveram mais de 848,8 mil emplacamentos, um aumento de 15,74% se comparado ao ano passado. De acordo com a federação, os dados refletem o impacto do crédito mais abundante e melhor índice de confiança por parte dos consumidores e empresários, apresentando alta, tanto em junho como nesse acumulado do 1º. Semestre de 2024. Para Andreta Jr., presidente da Fenabrave, a tendência é cada vez mais aumentar esse consumo. Com a sanção da lei que regulamenta o Programa Mover, as montadoras deverão se sentir estimuladas a investir em novos produtos, o que deverá impactar, consequentemente, nas vendas nos próximos anos. A instituição destacou ainda que os emplacamentos acumulados até junho são os melhores para o período desde 2014.

Para além do seguro auto

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“É uma consequência. Quanto mais veículos serem adquiridos, mais seguros serão contratados”, explica o diretor da Lojacorr. Porém, Neto alerta que hoje a pessoa deve estar atenta e protegida também em outros itens de seu cotidiano. E por isso, apesar de fundamental, não é só o seguro automóvel que o brasileiro deve investir. E nesse papel de conscientizar que o corretor deve participar e ofertar mais amplamente as demais coberturas. “Não adianta atender o cliente apenas no segmento de automóveis. Junto ao seguro auto há outras demandas que o setor deve suprir. Por isso, é necessário que o corretor ofereça proteção para a vida, saúde e patrimônio do cliente. Isso só é possível por meio do investimento em capacitação”. Segundo ele, a capacitação contínua é a chave para fortalecer o mercado de seguros, principalmente na região norte e nordeste do país, onde o seguro auto é carro-chefe. “Corretores bem capacitados podem oferecer um atendimento mais abrangente e de qualidade, contribuindo para o crescimento e fortalecimento do setor”. (Foto: Lojacorr/Divulgação).