Está longe o tempo em que apenas carros de brinquedo eram feitos de plástico. Para simplificar processos e consumir menos energia durante a fabricação, as montadoras estão substituindo o aço e o alumínio pelo plástico. Isso resulta em carros mais leves, que gastam menos combustível por km rodado e reduzem as emissões de poluentes. Além disto, a utilização de componentes plásticos proporciona características bastante vantajosas à indústria automobilística, como versatilidade, facilidade de processamento, estética e menor densidade.
Aplicados a princípio apenas no exterior dos carros, a exemplo das calotas, os plásticos vêm crescendo em partes dos veículos tradicionalmente constituídas de aço, como na “lataria” localizada sobre as rodas traseiras e na porta do porta-malas. Hoje, até mesmo espaços que eram considerados inóspitos, por causa das altas temperaturas e da contaminação por produtos químicos, já podem ser feitos de plástico, a exemplo do motor, cárter e galerias de combustível. Assim, os atuais 44 kg médios de plástico nos veículos substituem cerca de 350 kg de aço. Na Europa esse número já chega a 100 kg de plástico em automóveis.
O percentual de plástico nos carros deve subir de atuais 15% para 25% a 30% em 2030. Este é um crescimento significativo e esta matéria-prima ainda pode conquistar um espaço ainda maior. Exemplo disto são os aviões, feitos com 65% de plástico.