A Stock Car constitui, hoje, o maior evento do automobilismo brasileiro. Composta por quatro categorias, a competição terá aproximadamente uma centena de pilotos na pista a partir desta sexta-feira no Paraná, para os primeiros treinos das provas que deverão levar mais de 45.000 espectadores no domingo ao Autódromo Internacional de Curitiba.

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É a quarta vez na temporada que o evento apresenta corridas de todas as subdivisões. A atração maior do evento promovido pela Vicar é a Copa Nextel Stock Car.

Com etapas transmitidas ao vivo pela Rede Globo, a série traz em seu grid vários dos maiores nomes do automobilismo nacional, vários deles com passagens pela Fórmula 1.

A programação de suporte, suficiente para preencher o domingo de velocidade em Curitiba, traz corridas da classe de acesso Copa Vicar Stock Car, da categoria-escola Stock Jr. e da Pick-up Racing.

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Se Copa Vicar e Stock Jr. foram criadas com o propósito de oferecer aprendizado a pilotos e equipes que postulam vaga na categoria principal do evento, a Pick-up Racing tem história própria.

Da criação em 2001 até 2006, foi a única competição do mundo a utilizar o gás natural veicular como combustível e percorreu sem exceção os 13 autódromos brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Ceará uma façanha a que nem a própria Stock Car se atreve nos dias de hoje.

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Entre os remanescentes está Carlos Kray, piloto e empresário gaúcho que atua no setor de calçados e mantém negócios no Brasil, nos Estados Unidos e na China. Nesta nona temporada de existência da Pick-up Racing, ele segue a meta de devolver ao automobilismo do Rio Grande do Sul o domínio nas pistas da categoria. Kray reconhece as dificuldades criadas pela divisão de espaços com a Stock Car, mas observa mais consequências positivas que negativas.

“Sempre há dificuldades, até mesmo pela questão de espaço nos autódromos, e também pela visibilidade da categoria, que proporcionalmente é muito menor em relação à Stock Car”, aponta Kray. “Mas há mais pontos positivos. Por exemplo, temos nosso espaço garantido na televisão, e hoje são poucas as categorias que têm transmissão ao vivo”, contrapõe, citando a exibição das corridas da Pick-up Racing pela Rede Vida e pelo Speed Channel.

Nono colocado na classificação do campeonato, Kray enxerga boas perspectivas para a categoria em curto prazo. “Nós tínhamos o nosso espaço com um evento independente, mas a junção com a Stock Car foi uma boa estratégia. O ganho de qualidade e de credibilidade foi notável”, afirma o piloto, que também é chefe da equipe CKR Racing, defendida por ele e pelo paulista Henrique Assunção. “Nossa categoria tende a crescer e se fortalecer no evento”, aposta.