O dia 9 do mês de maio de 1971 foi marcado pela inauguração da pista de 1.860 metros do Autódromo Aratiri, localizado na Ruta Mariscal Estigarriba, no Paraguai. Tratava-se do primeiro autódromo nacional do vizinho país e a solenidade de inauguração contou com a presença do Presidente Alfredo Stroessner, desfile de estudantes e espetáculos artísticos, numa grande festa.
Antes do início das corridas, todos os pilotos participantes desfilaram com seus carros pela pista, divididos nas categorias A, B, C, D e Especial. Entre pilotos paraguaios, uruguaios e argentinos, lá estavam os brasileiros Moura Brito, Altair Barranco e Bruno Castilho – de Curitiba, Pedro Muffatto – de Cascavel/PR, além de Luiz Buss. E sabem quem estabeleceu o tempo recorde da pista nessa ocasião?
Foi Moura Brito, pilotando o protótipo Manta, motor Volkswagen, carro construído em Curitiba e que hoje se encontra exposto no Museu do Automóvel – Parque Barigui, na capital paranaense. Ele fez 1´3/5. A revista do Touring y Automóvil Club Paraguayo publicou após as corridas: “Los protótipos del Brasil de formas raras y caprichosas, hicieron um “show” de líneas y velocidad, tanto que el paranaense Moura Brito quedó com el mejor tiempo del autódromo, 1´3/5.
Segundo fue Zilmar Beoux y tercero nuevamente Muffatto.” Luiz Buss pilotou um Ford Corcel na Categoria C, mas, não terminou a prova. Na Categoria D, Pedro Muffatto correu com carro de motor Volkswagem, enquanto que Altair Barranco, que nesta época havia aposentado a sua carreteira Ford número 27, pilotou um Chevrolet Opala, número 45, conquistando o terceiro e o quarto lugares respectivamente.
Mas, a grande expectativa era com relação à última e principal prova, reunindo protótipos da Categoria Especial, na qual competiram Moura Brito, com o Manta e Bruno Castilho, este com o protótipo construído por Márcio Leitão, com motor DKW. Fato interessante é que Castilho foi rodando com seu carro desde Curitiba até o local da prova. Nesta categoria estava o famoso piloto José Baldo pilotando um carro bi-motor. E sabem quem venceu a Especial? Moura Brito. Quem quiser matar saudade e ver seu carro é só visitar o Museu do Automóvel. Nas fotos, o Opala de Altair Barranco; Moura Brito (esquerda) disputando a curva com o bi-motor de Baldo (direita) e logo atrás deste Bruno Castilho (por dentro).