O “Rei das Derrapadas”

Há oito anos, no dia 25 de fevereiro de 2002, o automobilismo de competição brasileiro e particularmente o paranaense perdiam um piloto de carreteira de renome que em certa ocasião, no auge da sua carreira, foi cognominado de “Rei das derrapadas controladas” por um articulista da imprensa especializada de Curitiba.

Paulo José Buso ou simplesmente Paulo Buso, como era conhecido nos meios automobilísticos. Quem viu ou apenas tomou conhecimento de pelo menos uma prova de carreteiras entre as cidades de Curitiba e Ponta Grossa, na antiga estrada de terra com mil buracos, pontes de madeira nas quais só passava um carro de cada vez e se derrapasse cairia no rio, trecho de serra íngreme, curvas e barrancos para todo lado, grandes retas nos campos, paralelepípedos, poeira e lama, entende.

E Paulo Buso foi tri-campeão desse circuito, na década de 1950, pilotando a sua carreteira Ford 1940, motor 8BA V8 com equipamento Edelbrock, cabeçotes de alumínio, três carburadores, câmbio de Lincoln Zephyr, tambores de freio com entrada de ar, estrutura furada à broca para alívio de peso e outros etecéteras.

Foi campeão da prova Centenário do Paraná, participou de uma das provas de carreteiras mais longa do país, o Grande Prêmio Getúlio Vargas, numa distância de 2.000 quilometros de estrada de terra, quando asfalto só existia entre Rio de Janeiro e São Paulo.

Ao levantar um copo com água, sem deixar o líquido oscilar, ele dizia, aos 75 anos de idade: “Piloto de carro de corrida tem que ser assim, não pode tremer.” Na ilustração, Paulo Buso e a sua carreteira.

Há 10 Anos

Por outro lado, há 10 anos, no dia 21 de fevereiro de 2000, grupo de amigos antigomobilistas curitibanos fizeram surgir, durante encontro no restaurante Lipski, na cidade da Lapa/PR, o MP Lafer Auto Clube do Paraná, hoje nacionalmente conhecido sobretudo pelo encontro de carros antigos que realiza todo ano, no mês de junho, em outra cidade paranaense histórica, ou seja, Antonina.

Tudo começou quando os aficcionados do MP Lafer Luiz Henrique Withers, Jacobson Borowski, João Motter Pinto, Ernesto Rudzik, Rivadávia Lourenço, Orestes Romeiro e Marcos Larsen se reuniam, nos idos de 1999, no Parque Tanguá, em Curitiba.

Ali surgiu a idéia da criação de clube específico, concretizada no ano seguinte, quando foi eleita diretoria assim constituída: Presidente – Luiz Henrique Withers; vice-Presidente – Jacob Borowski; Secretária Geral – Glenys Bessler; Diretor Financeiro – Ernesto Rudzik/Jurandir Salgueiro; Diretor artístico e Cultural – João Motter Pinto; Diretor Técnico – Alcido Reuter. Parabéns ao MP Lafer e aos seus criadores. No flagrante, os antigomobilistas quando saíam da Confraria do Chef/Clube Concórdia, em Curitiba, no dia 21/02/2000, em direção à Lapa.

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