O jovem piloto gaúcho Antonio Burlamaque

Se o dia 17 de fevereiro de 1952, domingo, marcou o início do primeiro Campeonato Gaúcho de Automobilismo com a realização de prova do Circuito Praias do Atlântico, por outro lado registrou também acidente que vitimou o jovem piloto Antonio Burlamaque, de Guaporé/RS.

Em início de carreira, Burlamaque já havia participado de provas importantes como a Segunda Grande Prova Getúlio Vargas, de 11 a 15 de novembro de 1951, num trajeto de 2.136 quilometros, saindo da capital paulista e passando pelas cidades de Uberaba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e retornando a São Paulo/SP, na qual obteve o nono lugar com sua carreteira Cadillac La Salle cupê, além do Circuito Zona Sul gaúcho (937 km), quando pilotou uma carreteira Ford 1939.

Naquele dia, Burlamaque levava sua Cadillac em primeiro lugar já perto do término da prova, quando capotou-a. Ferido foi transportado à cidade de Porto Alegre, onde faleceu no dia seguinte.

Outro piloto gaúcho que vinha logo atrás – Diogo Ellwanger – venceu a corrida, ficando em segundo Catarino Andreatta e em terceiro lugar Aido Finardi. No troféu que recebeu pela vitória, Ellwanger gravou a frase “Ao virtual vencedor do Circuito Praias do Atlântico”, entregando-o à viúva de Burlamaque na cidade de Caxias do Sul/RS. A partir de 1953, as provas desse circuito levaram o nome “Antonio Burlamaque”, em homenagem ao piloto falecido.

Por iniciativa da Prefeitura Municipal de Capão da Canoa, no litoral gaúcho, foi construído no centro da cidade, à avenida Ararigbóia, um monumento com o busto de Antonio Burlamaque, numa nova homenagem ao piloto, em reconhecimento à sua contribuição ao desenvolvimento do automobilismo de competição brasileiro.

Nas fotos de hoje mostramos a carreteira Cadillac La Salle número 28, de Burlamaque, em plena participação na Grande Prova Getúlio Vargas (1951) e o citado monumento, este tendo do lado esquerdo o antigomobilista Nelson M. Rocha, de Passo Fundo/RS e do lado direito o piloto de carreteira falecido em 2007 – Breno Fornari. Como se recorda, Fornari, em dupla com Catarino Andreatta, venceu a I Mil Milhas Brasileiras/Interlagos/SP, em 1956, com uma carreteira Ford.

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