Fabricado no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), na Região Metropolitana de Curitiba, o Novo Mégane é diferente do antigo modelo, produzido na Argentina, o qual não fez o sucesso esperado.
A Renault investiu e desenvolveu um belo automóvel. Seu "design", que teve como responsável o francês Patrick Lê Quément, é atraente, chamando a atenção por onde passa.
Na dianteira, ganhou novo conjunto ótico, grade, capô e pára-choque. No capô, vincos acentuados nas pontas e no centro, ligando o pára-brisa com a grade. Esta é cortada pelo logotipo da marca francesa. Para completar, os faróis são horizontais e saem pelas laterais. Mas é a traseira que mais se destaca no novo Mégane. Seu porta-malas nasce naturalmente do teto e não é parte adaptada da versão "hatch". Aliás, espaço é o que não falta no Mégane.
No interior os ocupantes são brindados com muito espaço, inclusive os passageiros do banco traseiro. Perfeito! E para isso, os engenheiros não precisaram diminuir o porta-malas, que oferece 520 litros de espaço para a bagagem.
Em seu interior os estilistas capricharam no desenho do painel. Chamam a atenção: o botão start/stop (para ligar e desligar o carro), o espaço para encaixar o cartão eletrônico (que substitui a chave, igual ao sistema do modelo Laguna) e a alavanca do freio de estacionamento. Bem curioso, parecendo um manche de avião.
O painel de instrumentos conta com contorno em aço escovado e oferece boa visualização para o motorista. E o revestimento dos bancos é em veludo.
O Mégane traz, como ponto de destaque, lista de equipamentos de série das duas versões: a de entrada Expression e Dynamique. Ambas vêm de série com "air bag" duplo, ABS com EBV, ar-condicionado, computador de bordo, vidros elétricos na dianteira. O "top" Dynamique conta, ainda, com roda de liga leve 16", friso lateral e faixa de proteção no pára-choque na cor cinza, banco com regulagem em altura e volante e manopla em couro. Como único opcional o CD Changer para seis discos.
Segundo Mario J. Furtado, gerente de produto, a fabricante deverá produzir em Curitiba 20 mil Méganes, sendo 12 mil para o mercado brasileiro e o restante para exportação. Se o novo Mégane será o carro da recuperação da Renault, só o mercado confirmará. Mas agradou a maioria dos jornalistas especializados que participaram do seu lançamento. (BN)Na primeira avaliação, em viagem de ida e volta entre Curitiba e Morretes, de aproximadamente 240 quilômetros, o novo Mégane Expression 1.6 Flex se destacou pelo silêncio de bordo, direção impecável, câmbio preciso e bons freios com a tranqüilidade oferecida pelo ABS. As suspensões mostraram boa relação conforto-estabilidade. Visibilidade e acesso ao interior são outros pontos positivos.
A posição de dirigir é um dos pontos altos do carro, inclusive com um apoio perfeito para o pé esquerdo, mas a regulagem do encosto deveria ser do tipo milimétrica. A iluminação do computador de bordo/odômetro, em dias ensolarados, é deficiente. O porta-luvas (refrigerado) tem ótimo tamanho e o eficiente sistema de ar-condicionado torna-se ruidoso na terceira e quarta velocidades do ventilador. Quem viaja atrás encontra na inclinação fixa do banco bastante conforto.
Para mover este novo Renault os engenheiros optaram por duas motorizações: 1.6 16V Hi-Flex (pode ser abastecido com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção) e 2.0 16V a gasolina para a top Dynamique. Derivado do motor que equipa o Scénic e o Clio, o propulsor 1.6 16V (Expression e Dynamique) desenvolve 110 cv de potência quando funciona com gasolina e 115 cv (sempre a 5.750 rpm) abastecido com álcool.
Em nossa avaliação, o novo Renault – tanto 1.6 16V com transmissão mecânica, quanto o 2.0 com câmbio automático de quatro velocidades auto-adaptativa com seletor para mudanças seqüenciais agradou.
O carro tem uma ótima dirigibilidade, a direção é bem leve, e as trocas das marchas perfeitas.
Durante a avaliação realizada entre as cidades de Curitiba e Morretes, pudemos avaliar as duas motorizações oferecidas para o Novo Mégane: 1.6 16V Hi-Flex e 2.0 16V. Para quem gosta de motor 1.6 Flex, a versão básica Expression, dotada de câmbio manual é uma boa opção. O propulsor, além de força, conta com excelente retomada, oferecendo segurança nas ultrapassagens.
Mas quem preferir um modelo com motor 2.0 16V, somente oferecido a gasolina no Novo Mégane, também ficará satisfeito. A dirigibilidade é excelente, a posição de dirigir perfeita (todas as versões têm regulagem de altura e profundidade do volante).
O preço de entrada do novo Mégane é de R$ 53.990,00 chegando a R$ 69.990,00, a versão 2.0 completa. Será um forte concorrente do Corolla e Civic. (BN)
FICHA TÉCNICA
Motor: K4M, quatro tempos, bicombustível (álcool / gasolina) quatro cilindros em linha, 16 válvulas e refrigeração por circuito de água sob pressão
Capacidade: 1.598 cm3
Potência máxima:
115 cv (álcool) 110 cv (gasolina) a 5.750 rpm
Torque máximo: 16,0 mkgf (álcool) 15,2 mkgf
(gasolina) a 3.750 rpm
Taxa de compressão: 10,0:1
Transmissão:
Mecânico 5 marchas
Tração: Dianteira, com direção elétrica com Assistência Variável e diâmetro de giro de 10,70 m
Suspensão Dianteira: Pseudo McPherson com braço inferior retangular e barra estabilizadora
Suspensão Traseira:
Eixo flexível com pontos de fixação exteriores e deformação programada – molas helicoidais
Rodas: de Liga Leve, medida
16 polegadas
Pneus: 205 / 55 R16
Freios dianteiros: Duplo circuito em "X", Sistema ABS com EBV, discos ventilados com 260 mm de diâmetro
Freios traseiros: Discos sólidos com 240 mm diâmetro
Dimensões / Pesos /
Capacidades:
Comprimento: 4,50 metros
Largura total com retrovisores: 2,04 metros
Altura: 1,46 metros
Distância Entre-Eixos:
2.69 metros
Peso Bruto: 1.340Kg
Volume do porta-malas:
520 litros
Capacidade do tanque de combustível: 60 litros
Desempenho:
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,8 s (gasolina) / 12,5 s (álcool)
Velocidade máxima:
182 Km/h (gasolina) / 186 kmh (álcool)
Preço: a partir de R$ 53.990,00 (referente março de 2006)
