As praias do Rio Grande Norte que servem de cenário para a novela Flor do Caribe, da Rede Globo, também são palco para o “desfile” do Super Buggy, produzido em Curitiba. Duas unidades foram cedidas para as gravações do folhetim e são usadas pelas atrizes Grazi Massafera e Débora Nascimento.
Longe dos holofotes o buggy curitibano também faz sucesso e muda o conceito que se tem desse veículo. Ele é bonito e confortável, tanto que a maioria das unidades produzidas vai para cidades do interior e não para as praias do Nordeste, como se imagina.
A empresa Super Buggy foi criada em 2009, mas a partir de setembro de 2012 ela entrou em uma nova fase, conta um dos sócios, Fabiano Isoppo. A ideia era desenvolver um “superesportivo tropical” e deu certo.
O modelo é montado sobre um chassi projetado exclusivamente para o Super Buggy. O responsável por esse trabalho é o projetista Jonas Ziemer, 60 anos. Isoppo lembra que o chassi foi batizado de Ziemer Tech.
Visual
Sobre esse chassi surge uma carroceria bem acabada, disponível em sete cores: branco, preto, prata, azul, vermelho, amarelo e verde. Os bancos são em couro ecológico e, para reforçar a personalização, o comprador pode escolher a cor dos cintos de segurança.
A capota, removível, garante a proteção contra a chuva e o frio, comuns aqui em Curitiba. Segundo informações dos sócios da Super Buggy, quatro unidades do veículo já foram vendidas para moradores da capital paranaense.
O buggy curitibano é para quatro pessoas e circula facilmente por terrenos variados, como asfalto, terra e areia, diz Marcos Marcola, sócio da fabricante. A suspensão independente nas quatro rodas exclusividade do Super Buggy nessa categoria garante o conforto dos ocupantes. A direção não é hidráulica, mas é bem leve. A condução do buggy é similar a de outro veículo de passeio, mas com uma sensação de liberdade. A velocidade máxima é de 180 km/h.
Foi justamente essa sensação de liberdade que conquistou o aposentado Genildo de Souza, 54 anos, que mora em Joinville (SC). Ele comprou o Super Buggy há quatro meses. “Gosto do carro, é um brinquedo de rapaz velho”, brinca ele.
Custo
O Super Buggy custa R$ 58 mil (sem o frete) e está disponível em apenas uma versão. O preço pode variar em função dos opcionais. O comprador pode equipar seu buggy com três relógios (voltímetro, vácuo e pressão do combustível) por R$ 750. O engate de reboque traseiro custa R$ 960, o rádio com CD player sai por R$ 1.550 e o kit multimídia custa R$ 3.250.
Isoppo explica que o buggy é vendido pela internet ou telefone. Segundo ele, 30% dos compradores nem vem a Curitiba para ver o carro. A falta de uma rede de distribuição não é problema, garantem os sócios. A manutenção, por exemplo, pode ser feita nas concessionárias Volkswagen, que fornece o motor. Com exceção do propulsor, todo o restante é fabricado pela Super Buggy, que conta com 16 funcionários.
Atualmente são vendidas 10 unidades por mês, mas a meta é chegar ao final do ano com 25 veículos vendidos mensalmente. Isso sem falar das exportações, que devem começar em breve.
Antonio More/Gazera do Povo |
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