Segundo estimativa da polícia militar, cerca de trinta e cinco mil pessoas estiveram presentes neste domingo no motódromo Arthur Jachowicz, em Canelinha, Santa Catarina, na Grande Final do Campeonato Mundial de Motocross.

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A empolgação do público aumentou o ritmo dos pilotos, que travaram disputas acirradas pelos primeiros lugares.

Durante o fim de semana, mais de quarenta mil pessoas prestigiaram o evento. Entre os dirigentes da Youthstream, a prova foi considerada inesquecível. O presidente da FIM, Wolfgang Srb, foi só elogios ao evento. “Foi, talvez, a melhor prova da temporada. O motocross, definitivamente, tem que estar no Brasil. A paixão esteve aqui e tudo o que aconteceu foi simplesmente impressionante”.

O evento também foi considerado um sucesso por Rafael Rocha, gerente do grupo Lance! responsável pela realização do evento: “É um trabalho que vem sendo feito há dois anos e foi recompensado por todo mundo. Estamos muito satisfeitos com toda essa aprovação e felizes de dizer que o Mundial voltou ao Brasil para ficar”.

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O diretor de projetos especiais Toni Lotar preferiu enfatizar os números que envolveram a competição. “Vieram pilotos de dezoito países e de muitos lugares da América do Sul. Além disso, mais de 140 jornalistas de todos os lugares do mundo estiveram presentes e ainda quebramos o recorde de venda de ingressos na internet para eventos do tipo, com oito mil ingressos vendidos antecipamente, fora a venda de bilheteria nos dois dias do Mundial. O evento superou todas as nossas expectativas, agradou a pilotos, público e patrocinadores e, por isso, hoje mesmo começamos as negociações com vistas a sua realização no Brasil pelos próximos 4 anos”, comentou.

As provas

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A principal expectativa estava em torno da MX2, onde o português Rui Gonçalves e o francês Marvin Musquin ainda brigavam pelo título. A disputa, porém, acabou logo na primeira bateria, quando Musquin faturou a vitória e conquistou o título.

Musquin largou mal e terminou a primeira volta na quarta colocação, enquanto Rui fez o oposto e largou na liderança da prova, mas logo na quarta volta o francês assumiu a liderança e não deu mais chances a nenhum adversário, conquistando o seu primeiro campeonato.

Já o português Rui Gonçalves lamentou uma falha na sua moto na primeira bateria que lhe tirou as chances de título Na segunda bateria o destaque foi Ken Roczen, de apenas 15 anos.

A empolgação da torcida com o desempenho do alemão era tanta que, no final da prova, ele afirmou que se considera meio brasileiro. O vencedor novamente foi Marvin Musquin.

Na MX1, o título já estava definido e o campeão Antonio Cairoli que, se recuperando de uma lesão no joelho, não conseguiu repetir o desempenho das etapas anteriores. Melhor para os belgas Clement Desalle e Steve Ramon que venceram a primeira e segunda bateria, respectivamente.

Os brasileiros

Entre os brasileiros, destaque para os irmãos Balbi e Swian Zanoni. Depois de passar o ano todo no AMA, Jorge Balbi reencontrou o público brasileiro. A festa foi tão grande que o piloto, que terminou em 10º lugar, mal conseguia explicar a sua felicidade.

O piloto que foi o primeiro brasileiro da história a terminar uma etapa do mundial entre os dez primeiros. Durante a semana, Balbi havia afirmado que o seu sonho era terminar entre os top ten e mostrar que a temporada de 2004, em que havia feito algumas etapas, fazia parte do passado.

Com a classificação, o piloto atingiu o objetivo. Após a corrida Balbi foi sondado por algumas equipes e revelou que pode correr toda a temporada do mundial em 2010. Mariana Balbi também se destacou ao se tornar a primeira mulher da história a participar de uma etapa de Mundial.

Ela terminou na 20ª colocação, a frente de dez homens. Na MX2, o melhor brasileiro foi o piloto mineiro Swian Zanoni, que terminou a etapa de Canelinha na 14ª colocação.