O que chama a atenção no Mercedes GLK é seu design. “Quadradão” e com capô longo demais, e surpreende por ser menor do que se espera. Seu desenho foi inspirado no robusto Classe G, histórico modelo da marca, comercializado há 30 anos.
Vincos acentuados se destacam no capô e nas laterais, com linhas sobressalentes que se movimentam na diagonal, em direção à traseira. Lá, as duas saídas de ar incitam a esportividade do jipe e o “design” lembra o Classe M.
Internamente, tudo é encaixado perfeitamente, sem o menor sinal de mau acabamento, seguindo os mandamentos de um carro de luxo. Os bancos são revestidos de couro.
Na versão avaliada pelo Jornal do Automóvel, o modelo tinha a cor predominante preta, com detalhes em alumínio no console entre os bancos dianteiros, portas e painel. O revestimento interno também traz opções de cores bege e cinza.
Há também saídas de ar-condicionado (digital), que ficam entre os bancos dianteiros, com botões de regulagem de temperatura.
O GLK tem 2,75 metros de distância entre-eixos, 4,53 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,69 m de altura. Para as bagagens, há 450 litros disponíveis no porta-malas, que pode ser ampliado para 1.550 litros com os bancos rebatidos.
Ao invés de estarem na parte inferior dos assentos (motorista e passageiro), o controle elétrico dos bancos estão localizados nas portas, juntamente com os comandos dos vidros, travas e retrovisores. Na estrada, o desempenho do motor 6 cilindros, 3.0 litros, 24V, com 231 cavalos surpreende.
Ele leva 7,6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, número de um esportivo. Segundo a montadora, o GLK 280 alcança a velocidade de 210 km/h e com média de consumo, entre cidade e estrada, de 9,8 km/litro.
A suspensão, com o sistema “agility control”, provou ser confortável e eficiente nas curvas. O GLK conta com tração integral e transmissão automática sequencial de sete marchas, com trocas quase imperceptíveis e que colabora na economia de combustível. Seus 1,84 metros de largura não combinam com a proposta de carro compacto (na sigla GLK, o K é de Kompaktheie, compacto em alemão).
Seu interior é extremamente silencioso, seguindo a receita do Classe M, e o motorista quase não percebe que está acima dos 100 km/h – só mesmo olhando para o velocímetro para lembrar.
Para quem gosta de “off-road” – e não tem pena de colocar o jipe de R$ 225 mil na lama, uma boa dica: a tração é integral nas quatro rodas. O resultado de tudo isso é um SUV estável, seguro e prazeroso de guiar. Um “crossover”com desempenho e dirigibilidade de esportivo. (BN)
Ficha técnica
Cilindrada: 2.996 cm³
Potência: 231 kW a 6.000 rpm
Torque: 30,6 kgfm entre 2.500 e 5.000 rpm
Tx. compr: 11,3:1
Câmbio: Automático seqüencial de sete velocidades (7G-Tronic)
Comprim: 4,53 m
Largura: 1,84 m
Altura: 1,69 m
Entre-eixo: 2,75 m
Peso: 1.830 kg
Porta-mala: 450 litros
Suspensão: Independente, de três braços, tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores a gás e barra estabilizadora, na dianteira. Independente, multilink, com molas helicoidais, amortecedores a gás, e barra estabilizadora, na traseira.
Freios: Discos ventilados nas quatro rodas, com ABS, Brake Assist e ESP (controle de estabilidade)
Tanque: 66 litros
Preço: R$ 225 mil