Há 12 anos, o tricampeão mundial de Fórmula-1, Ayrton Senna da Silva, que tinha 34 anos, faleceu no autódromo Enzo e Dino Ferrari, durante o GP de San Marino, terceira etapa da temporada de 1994, no dia 1.º de maio. A curva Tamburello foi palco da morte de Senna, que estava em uma velocidade acima de 300 km/h.
Atendido ainda na pista pela equipe do doutor Sid Watkins, o piloto da Williams foi levado para Bolonha, onde lá foi diagnosticada sua morte cerebral. Constatou-se durante as investigações que a barra de direção do carro rompeu-se devido a um remendo mal feito.
Senna fazia sua primeira temporada pela equipe Williams, depois de conquistar seus três títulos mundiais pela McLaren. O piloto disputou 161 GPs e conquistou 41 vitórias na categoria.
Mas para lembrar o desaparecimento prematuro desse fabuloso piloto brasileiro, nada melhor que transcrevermos uma súplica ou, quem sabe, uma oração, de autoria de um brasileiro anônimo:
"Senhor, por acaso não chegou aí um garoto dirigindo um carro azul, em alta velocidade? É o nosso Ayrton, um brasileiro como o Senhor.Um piloto arrojado, o melhor de todos.
Se ele chegou, dê a ele a bandeira quadriculada e tranqüilize-o, porque embora ele não saiba, ele venceu. Dê a ele a sua mão, Senhor, para que ele saia do carro. Ele pode estar assustado e meio perdido, pois saiu daqui com a velocidade de um raio. Nem teve tempo para despedir-se de mais de 150 milhões de brasileiros, sem contar as nacionalidades do mundo inteiro. Senhor, faça com que ele veja a maior prova de gratidão e amor de um povo, que jamais um mortal recebeu.
Transmita a ele, Senhor, nossos sinceros agradecimentos por todos esses anos de glória e de luta. Acelera, Ayrton, pois daqui debaixo, a cada estrela que cruzar o céu, saberemos que você estará nela, e os anjos do céu tocarão em seus clarins o tema da vitória".
Um brasileiro.