Assunção – Paraguai, dia 9 de maio de 1971. Esta data marcou não só a realização das corridas de inauguração oficial do Autódromo de Aratiri, localizado numa área de 62 hectares no quilometro 16 da Ruta Mariscal Estrigarribia, nas proximidades da capital daquele vizinho país, mas, também uma página de glória na vida de pilotos de carros de competição paranaenses no exterior.
A solenidade inaugural foi dirigida nada menos que pelo próprio presidente Alfredo Stroessner, presente o presidente do Touring Automóvil Club Paraguayo – Juan Bautista Gill Aquinaga, além de outras autoridades oficiais paraguaias. Desfile de escolares, fanfarras e outros ítens deram um toque especial ao evento.
Aratiri, na língua autóctona significa “relâmpago”. E foi como um relâmpago que pilotos curitibanos como Luiz Moura Brito e Bruno Castilho, além de Pedro Mufatto e Luiz Buss, passaram pelos 1.860 metros de extensão da pista daquele autódromo.
As corridas foram divididas nas categorias A, B, C, D e Especial, de acordo com os tipos de carros. O piloto Luiz Buss competiu na categoria C com o Ford Corcel de número 66.
Já Pedro Mufatto (Cascavel) e Altair Barranco (Curitiba) competiram na categoria D, o primeiro com o Volkswagen número 21 e este com o Chevrolet Opala número 45, obtendo o terceiro e o quarto lugares respectivamente.
Mas, foi na categoria Especial que os curitibanos Moura Brito e Bruno Castilho deram espetáculo, o primeiro vencendo a prova este classificando-se em terceiro lugar.
Castilho, por sua vez, correu com outro protótipo – número 1 – feito na capital paranaense pelo construtor Marcio Leitão, dotado de motor DKW. Nessa prova correu um protótipo com dois motores feito no Paraguai e pilotado por José Baldo.
Fato interessante dessa história é que Bruno Castilho foi e voltou rodando com seu protótipo conversível, daqui até o Autódromo de Aratiri! Nas ilustrações desta matéria, os protótipos curitibanos em plena corrida no Paraguai.