Corsa FlexPower foi o primeiro veículo bicombustível da GMB. |
No ano passado a indústria automobilística brasileira realizou nada menos do que nove lançamentos, sem levar em consideração novas motorizações e versões. Os principais foram: o utilitário-esportivo compacto Ford EcoSport; o compacto monovolume Honda Fit; Nissan X-Terra, utilitário-esportivo derivado da picape Frontier; a picape Mitsubishi L200 Sport; o compacto de luxo da Citroën, o C3; a pequena picape derivada do Corsa, a Chevrolet Montana; a maior picape do Brasil, a Ford F-250 cabine dupla; o VW Fox, compacto derivado do Polo, que tem na versatilidade o maior apelo. E para encerrar o ano a Fiat colocou nas revendas a terceira geração do Palio.
Flex pode salvar o Proálcool
O mais importante mesmo, fora os novos modelos lançados, foi a chegada dos motores Flex (bicombustíveis), que tanto funcionam com álcool quanto com gasolina ou a mistura de ambos em qualquer proporção. Esse foi o “pulo do gato” e deverá ser a nova tendência a ser seguida pelas montadoras. Até mesmo as novas marcas terão que aderir a essa tendência (fórmula mágica encontrada para salvar o Proálcool), sob pena de perderem vendas. Mas tudo ainda dependerá do mercado consumidor.
Foi da Renault o primeiro lançamento do ano: o Clio reestilizado. Em março a Ford lançou o EcoSport, e a Volks nova versão do Golf com motor V6. E o Código Brasileiro de Trânsito completou cinco anos.
Em abril, foi lançada a picape Frontier com cabine simples, além da apresentação dos importados Peugeot 307 SW (perua) e o Audi A8. Em maio, a VW apresentou o Gol Total Flex, o primeiro veículo “flex” do Brasil. A Citroën apresentou o C3 1.6; a Honda, o compacto Fit; a GM, o Omega (importado); e a Toyota o utilitário-esportivo Prado.
Em julho, a Unicamp reprovou os cintos de segurança infantis disponíveis no mercado. O Contran publicou a Deliberação 38, que permitiu a volta da “indústria da multa”. Em agosto, chegou o Chevrolet Celta com motor 1.4 e a Mitsubishi L 200 Sport. E a Citroën apresentou o C3 equipado com motor 1.4.
Em setembro, para acabar com a crise que se instalara na indústria automobilística, o governo promoveu a redução do IPI até novembro, que acabou sendo prorrogado até 29 de fevereiro de 2004. Em outubro, foi a vez do VW Fox duas portas (a de quatro ficou para este ano). Com ligeira alteração de estilo chegou o Ford Focus 1.6. A Fiat apresentou a versão Adventure do Doblò. A GM lançou a picape Chevrolet Montana e a Mitusubishi apresentou novas versões do Pajero Sport.
Em novembro, chegou à terceira geração do Palio, incluindo o 1.3 Flex, e a Meriva FlexPower. E oito Estados foram integrados ao Registro Nacional de Infrações: Paraná, São Paulo, Minas, Bahia, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. E a Honda reestilizou o Civic para enfrentar outro japonês, o Corolla.
O Denatran publicou resolução criando modelo mais seguro de pára-choque de caminhão, para acabar com o efeito guilhotina. A medida deixou de fora os 1,8 milhão de veículos pesados em circulação.