Para quem acha que com a chegada das minivans, as peruas (caminhonetes) iriam sair de moda, o Renault Laguna Grand Tourer V6 prova o contrário. Para aqueles que gostam de recursos eletrônicos, a “station” da marca francesa, que só é importada na versão “top” Privilege, é uma escolha perfeita.

A chave foi abolida da ignição do Laguna Grand Tourer V6 3.0. Basta colocar o cartão magnético no leitor óptico para que a parte elétrica comece a funcionar. Em seguida, ao pressionar o comando “start” (liga/desliga) na parte central do painel, o possante motor V6 entra em funcionamento. E tão suavemente que mal dá para ouvi-lo. Para ter certeza de que o motor “pegou??, só mesmo olhando o tacômetro (conta-giros).

Destaca-se no médio-grande de luxo da montadora francesa o conforto proporcionado pela eletrônica, aliada a segurança. Um comando no cartão permite abrir e fechar as portas. Para isso, o motorista deve se aproximar ou se afastar do veículo. Além das informações de consumo, o computador de bordo avisa defeitos, e fala. Só que a voz feminina tem sotaque português como o de Portugal. O interior do Laguna Grand Tourer Privilege invoca habitabilidade, luminosidade, harmonia e conforto. O modelo possui painel de instrumentos ergonômico e funcional, bancos em couro, ar-condicionado digital com ajustes diferentes para motorista e passageiro, computador de bordo, trio elétrico, travamento automático das portas a 6 km/h, rádio com CD player e comando satélite na coluna de direção e teto solar, entre itens de conforto e conveniência.

OLHO CLÍNICO

A segurança é o ponto forte. Há “air bags” frontais, laterais e para cabeça, além de freios ABS e controle de estabilidade. A estabilidade é ótima. A baixa altura em relação ao solo exige cuidados para não esbarrar a parte inferior em saliências. O motorista fica bem à vontade com a excelente ergonomia, e todos os comandos estão ao alcance das mãos. Também ajuda a ótima anatomia dos bancos.

O volante tem boa empunhadura e há regulagens em altura e profundidade. O motor V6 24V de 210 cv responde rapidamente às acelerações, acelerando de 0 a 100km/h em 8,1segundos. E a velocidade final aproxima-se dos 250 km/h. No asfalto liso, o Laguna Grand Tourer desliza. A troca de marchas no câmbio automático de cinco velocidades pode ser manual ou seqüencial, bastando acionar a alavanca para frente ou para trás. As relações de transmissão estão bem escalonadas, aproveitando força e potência do motor V6.

Com tudo isso, os freios são fundamentais. E eles cumprem muito bem a função. O sistema ABS é de série. Aliás, o único item opcional é a pintura metálica -tudo bem, trata-se de um carro de aproximadamente R$ 155.000,00 o que realmente é para poucos. (BN)

FICHA TÉCNICA

Motor:

L7X, transversal, 6 cilindros distribuídos em “V”, 24 válvulas

Tração: Dianteira

Cilindrada: 2.946 cm3

Taxa de compressão: 10,9:1

Potência máxima (ISO/ABNT): 210 cv @ 6.000 rpm

Torque máximo: 29,5 mkgf @ 3.750 rpm

Alimentação: Injeção Eletrônica Multiponto Seqüencial

Rodas: Liga Leve

Pneus: 205/55 R16

Arquitetura: Carroceria monobloco, 5 portas, 5 passageiros

Suspensão dianteira: Tipo McPherson, com triângulo inferior, efeito anti-percussão, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais e barra estabilizadora.

Suspensão traseira: Rodas independentes, eixo traseiro em perfil H, molas helicoidais, amortecedores hidráulico-telescópicos dispostos inclinadamente, e barra estabilizadora.

Freios: Duplo circuito em “X” e discos ventilados nas quatro rodas, com diâmetro de 300 mm cada.

Direção: Assistida, diâmetro de giro 10,9m

Câmbio: Automático, 5 velocidades

Tanque de combustível: 70 litros

Porta-malas (dm3): 480

Entre eixos: 2.745 mm

Comprimento: 4.695 mm

Altura: 1.443 mm

Largura com retrovisores: 2.060 mm

Aceleração 0 a 100 km/h: 8,3 s

Velocidade máxima: 230 km/h

Consumo urbano: 8,6 km/l

Consumo estrada (vazio, sem ar-cond.): 13,3 km/l

Carga útil: 550 kg

Combustível: Gasolina

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