Menor do que um Ka e equipado como um Fit, assim é o novo lançamento da Kia Motors do Brasil apresentado recentemente à jornalistas especializados: a compacto "premium" Picanto, que começa a ser comercializado pela concessionária da marca em Curitiba, a Vecopar.
O Picanto chama a atenção pelas dimensões pequenas – 3,49 metros de comprimento, 1,59 metros de largura e 1,48 metros de altura, e pelo "design" diferenciado. Na dianteira, a grade do radiador larga, em formato de meia circunferência, parece pequena diante do capô alto e do pára-choque encorpado – com entradas de ar e faróis de neblina (item de série), acompanha as linhas do capô inclinado para frente.
Na traseira, o vidro é amplo e possui uma moldura preta em volta, e contrasta com as grandes lanternas verticais. O pára-choque pintado na cor do carro é robusto e contrasta com o tamanho do carro. Para completar, rodas de liga leve de 14 polegadas. O acabamento interno é bom, com tecidos e plásticos agradáveis às mãos e aos olhos.
O Picanto traz ar-condicionado, direção assistida, acionamento elétrico dos quatros vidros – sendo o do motorista com função um toque – das travas e dos retrovisores, toca-CDs da marca Clarion com reprodução de MP3, faróis de neblina e rodas de alumínio de 14 polegadas.
Para mover o Picanto, os engenheiros da marca coreana optaram pelo motor de 1.1 litro que desenvolve 64 cavalos de potência máxima a 5.500 rpm e 9,9 mkgf de torque máximo a 2.800 rpm. Com essa motorização e o câmbio manual, a montadora informa que ele chega a fazer 13,5 km/l.
De acordo com a Kia, o modelo tem cinco anos de garantia e será um forte concorrente para o Peugeot 206 e Citroën C3 1.4. A empresa acredita que de setembro a dezembro deste ano serão comercializadas 800 unidades do Picanto no mercado brasileiro. Segundo eles, o modelo é o segundo em vendas para exportação da Kia mundial.
"Agora temos um produto no segmento de entrada do mercado brasileiro. Aliás, vale lembrar que o Picanto é o menor compacto em comprimento disponível no País e a Kia Carnival é a maior minivan. Ou seja, entre os veículos de passeio, estamos ocupando as extremidades do mercado brasileiro, e completamos nossa gama de produtos com três sedãs, dois utilitários esportivos e a linha de comerciais leves Bongo", disse o empresário Gilmar Mohamad, diretor comercial da Vecopar Veículos. O pequeno Kia chega com preço sugerido de R$ 34.900,00 (câmbio manual) e R$ 39.900,00 com transmissão automática e garantia de cinco anos. (BN)
OLHO CLÍNICO
Cores peculiares para o mercado nacional, boa lista de itens de série, acabamento interno acima do nível do segmento, motor 1.1 e câmbio automático. Esses são os atributos do mais novo integrante do segmento de "hatches" compactos, o Kia Picanto. Sua aparência robusta, dá impressão de que o carro tem dimensões superiores às reais. Os 3,49 metros de comprimento fazem do Picanto o menor veículo do mercado, com cerca de 20 centímetros a menos que o Fiat Mille e o Ford Ka.
Na lateral, destacam-se as rodas de liga leve de 14 polegadas e o harmonioso desenho das portas traseiras. A parte de trás bem desenhada, tem lanternas que seguem as linhas da tampa do porta-malas, pára-choque e "spoiler", também item de série. Dois passageiros de cerca de 1,70 metro ficam bem acomodados no banco traseiro. O porta-malas não é dos mais volumosos, e acomoda apenas 157 litros de bagagem.
O acabamento interno é superior ao de muitos modelos do segmento. Não há refinamento, mas os materiais foram bem escolhidos. E o desenho do painel de instrumentos é bonito. Destaque também para a boa quantidade de porta-objetos presentes no Picanto. Fora os itens de série citados, há ainda direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico (vidros, travas das portas e espelhos retrovisores externos) e CD Player com MP3. A versão automática conta ainda com "airbags" para o motorista.
Com uma única versão de motorização, 1.1, de três cilindros, que rende 64 cavalos e 9,9 kgfm a 2.800 rpm o Picanto chega ao Brasil. Há duas opções de câmbio: automático, de quatro marchas, e manual, de cinco. Durante a avaliação a que foi submetido pela Jornal do Automóvel, o Picanto não decepcionou. É bom lembrar que a avaliação foi feita dentro das normas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro em vigor. Nada de excessos.
A dirigibilidade é agradável. O motorista fica bem posicionado no banco, embora falte o ajuste da altura dos assentos. A versão equipada com câmbio manual arranca bem apesar da baixa potência e torque, e seu motor funciona com nível regular de ruído. As retomadas também são feitas de maneira eficiente. Este bom desempenho pode ser explicado pelo torque máximo que, embora baixo, é alcançado em rotação reduzida. O modelo automático apresenta respostas sensivelmente mais lentas, e as trocas de marchas são feitas com alguns trancos. Todavia, tem a vantagem de ser o único do segmento a oferecer tal recurso.
A visibilidade traseira também é boa. As impressões sobre o freio são regulares. Ele funciona de maneira estável, mas não há sistema antitravamento (ABS). O Kia Picanto é sem dúvida um carro urbano, confortável e fácil de manobrar. (BN)