A Iveco encerra o ano de 2005 em alta. Na América Latina, onde a empresa deverá entregar 11.900 caminhões e ônibus este ano, as vendas serão 35% maiores que em 2004. ?Esta região já é responsável por cerca de 7% das vendas globais da Iveco?, comemora Jorge Garcia, presidente da Iveco South & Central America. ?Há três anos, respondíamos por cerca de 3% das vendas mundiais?, compara.
De acordo com Garcia, vários fatores contribuíram para o avanço da Iveco no mercado latino-americano. No Brasil, a nacionalização da produção dos pesados a partir de 2004 permitiu aos caminhões Iveco o acesso ao Finame e ampliou de forma notável a competitividade da marca neste segmento. Em julho deste ano, o caminhão leve Daily ganhou motor eletrônico e maior poder de venda.
No País, que representa 42% das vendas da Iveco na região, a marca é a única montadora de caminhões com aumento de entregas no ano, levando-se em consideração veículos a partir de 2,8 toneladas de PBT. Até novembro, o crescimento foi de 4% frente a um mercado em queda de quase 7%. A empresa deve fechar 2005 com cerca de 4.700 caminhões e ônibus comercializados no País.
Outro fator que contribuiu para o aumento de vendas da empresa é a estrutura produtiva na região. Com fábricas no Brasil e Argentina e uma linha de montagem na Venezuela, a Iveco teve bastante flexibilidade para tirar proveito do crescimento dos mercados latino-americanos.
Na Argentina, que viveu em 2005 um ano de recuperação econômica, a Iveco aumentou suas vendas de caminhões e ônibus até novembro em 74% (com 2.850 unidades entregues) e deve manter este bom ritmo até o final do ano.
Na Venezuela, que também desfruta de um ambiente positivo para os negócios, as vendas da Iveco até novembro haviam disparado 77%, alcançando 3.096 unidades vendidas.
A abertura e ampliação de novos mercados de exportação, como Colômbia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, por exemplo, também ajudaram as vendas e a manutenção de bom ritmo produtivo nas fábricas brasileira e argentina.
?O faturamento da Iveco deverá alcançar na região cerca de 520 milhões de euros, aproximadamente R$ 1,4 bilhão, 50% mais que em relação ao ano passado, sendo que o Brasil é responsável por 40% desse resultado?, informa Garcia. ?Esperamos mais crescimento em 2006, embora em ritmo menos frenético.?
Ano de conquistas
Segundo o presidente da Iveco South & Central America, o ano de 2005 foi um período de importantes conquistas. Foi ultrapassada a marca de 50 mil caminhões produzidos no Complexo Industrial Iveco Fiat, em Sete Lagoas, que começou a operar em novembro de 2000.
O Consórcio Nacional Iveco completou seu sétimo ano de atividades, com crescimento de 54% em relação ao ano anterior. Desde o início de suas operações, o Consórcio Nacional Iveco já conquistou mais de 10 mil consorciados e entregou mais de 4.500 caminhões em todo o País, dois terços dos quais da linha de comerciais leves da montadora e o restante da linha de médios e pesados.
A Iveco fecha 2005 com inversões em infra-estrutura, produtos e serviços no Brasil da ordem de R$ 65 milhões. Um dos resultados desse investimento foi a apresentação simultânea, na Fenatran 2005, de oito novos modelos de caminhões destinados ao mercado brasileiro, alguns deles inovadores, como o Daily 4×4.
Jorge Garcia afirma que esses lançamentos irão assegurar o aumento de participação da Iveco no mercado total de caminhões no Brasil. Até novembro, o market share da Iveco no País era de 4,5%, meio ponto percentual a mais que em 2004. Na Argentina, a Iveco pulou de 10,3% de participação nos 11 primeiros meses de 2004 para 12,6% em igual período deste ano (+ 2,3 pontos percentuais). Na Venezuela, a participação da empresa ficou estável em 15%.
O Brasil, porém, segue com grande potencial de crescimento para a marca, ainda que, segundo Garcia, seja um dos mercados mais difíceis e competitivos do mundo. A meta da Iveco é continuar subindo, gradualmente, até chegar ao redor de 10% de participação em três anos (2008). O presidente, no entanto, faz uma ressalva: ?Mais importante que market share é a satisfação do cliente e a rentabilidade de nossas operações?.
Um dos pontos fundamentais para a continuidade de desenvolvimento da empresa em 2006 é a ampliação de sua rede de concessionárias, que deve estar em linha com os planos de crescimento da Iveco, com a atual tecnologia dos veículos e com as necessidades dos clientes.
Hoje são mais de 150 concessionárias e pontos assistenciais distribuídos estrategicamente na América do Sul e Central. No Brasil, já foi iniciado um amplo programa de expansão. A meta é passar das atuais 66 pontos de venda e assistência para 100 pontos de venda e assistência até o final de 2008.
?No Brasil e na América Latina, este ano passaremos do ponto de equilíbrio, colocando o balanço na zona azul. E é nessa região onde queremos permanecer em 2006, um ano que será ainda mais competitivo no mercado?, finaliza Garcia.