Importado da França, o crossover Renault Captur vai chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2014 e ficará posicionado acima do Duster. A informação foi confirmada em Paris pelo presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet. O executivo ainda adiantou que a marca chegou também a cogitar a importação do Mégane hatch, Dacia Lodgy e do crossover médio Koleos. Mas estudos revelaram que o Captur, pelo que oferece, tende a atrair um número maior de consumidores. O modelo também poderá ser produzido em 2015 na fábrica da Renault, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba.
Na Europa, o crossover é oferecido com motores diesel turbo 1.5; 0.9 tricilíndrico de 90 cv com câmbio manual de cinco marchas e o 1.2 quatro cilindros de 120 cv com câmbio automatizado de dupla embreagem EDC e seis marchas. Todos de última geração, que oferecem torque abundante mesmo em baixas rotações. Para o Brasil, a melhor opção é o espertinho 1.2, que faz o Captur, de 1.180 quilos, acelerar de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e atingir a velocidade máxima de 192 km/h. Como o crossover está posicionado acima da versão top do Duster, que atualmente custa R$ 65.430, o Captur deverá ficar próximo aos R$ 70 mil.
O crossover urbano mede apenas 4,12 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,56 m de altura e entre-eixos de 2,60 m. Medidas menores do Ford EcoSport (seu principal concorrente), mas que permitem espaço de sobra e conforto para quatro adultos. O porta-malas oferece 377 litros de capacidade e o estepe fica embaixo da carroceria. O Captur tem um visual robusto com grandes rodas (aro 17) e para-lamas que dão um caráter esportivo. Há luzes diurnas em LEDs e teto em cores diferentes, como no Mini Cooper, além de uma vasta lista de personalização que inclui tons diferentes para detalhes do interior e rodas.
Compacto um pouco mais longo do que a nova geração do Clio, com quem compartilha a plataforma o carro oferece algumas inovações em seu interior. Uma delas é o grande porta-luvas em forma de gaveta (11 litros) e os revestimentos dos bancos removíveis através de zíper e que podem ser lavados ou substituídos.
Sistema Start-Stop
Embora não seja luxuoso, o interior é de bom acabamento, sem rebarbas e com o quadro de instrumentos interligado por uma barra horizontal que abriga o velocímetro digital, como no novo Clio. O ar-condicionado é digital e os retrovisores externos são rebatíveis eletricamente. Há também a central multimídia R-Link que, além de prática e rápida, oferece varias informações e gráficos, inclusive sobre o estilo de dirigir. Há também o sistema start-stop (que desliga e religa suavemente o motor em paradas) e o modo Eco de funcionamento (capaz de ajustar parâmetros de funcionamento da mecânica e de itens como ar-condicionado para consumir menos). Mesmo no modo normal, uma barra iluminada logo abaixo do velocímetro muda de cor de acordo com o consumo do carro. No que se refere a segurança, o Captur oferece seis airbags e controles eletrônicos de tração e estabilidade.
Seu comportamento na estrada é digno de elogios. Não há borboletas no volante, mas o câmbio oferece passagens macias mesmo no modo sequencial pela alavanca, ou seja, reduz para a frente e avança para trás. E o mais importante: sem trancos e com um motor econômico.
Importados
Além do crossover Captur, a Renault ainda reserva outras novidades para o Brasil. A primeira já é para o próximo mês de agosto, quando a marca anuncia o início das vendas do Mégane RS. Importado da França e mostrado recentemente no Salão de Buenos Aires, o carro é equipado com motor 2.0 turbo (o mesmo do Fluence), que gera 265 cavalos. Como é um modelo de nicho, seu preço deve ficar próximo dos R$ 100 mil. Logo depois virá o novo Logan. Produzido em São José dos Pinais, o carro está com um visual bem mais moderno e novos itens de série. A nova geração do Sandero é aguardada para o início de 2014. Outra novidade é,; o retorno do Twingo. O modelo, que já foi vendido no Brasil, terá nova geração em breve desenvolvida em parceria com a Daimler. A grande novidade é que o novo Twingo, a exemplo do que já ocorre com o Smart, terá motor traseiro o último modelo da fabricante francesa a ter essa configuração foi o Renault 10, produzido até o início da década de 70. O Twingo deve chegar ao Brasil em 2015.
* O jornalista viajou a convite da Renault
Roberto Massignam Filho |
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