Se você está pensando em fazer o seu primeiro upgrade para uma motocicleta esportiva com mais de 300cc, mas ainda se assusta com o binômio preço e potência, o seu problema pode ter chegado ao fim. Isso, claro, se você mora na Europa ou nos Estados Unidos, mercados nos quais a Honda lançou este ano a esportiva CBR 500R. Integrante do trio revelado em Milão no ano passado ao lado da naked CB 500F e a crossover CB 500X a nova moto da marca chega como um ritual de iniciação para quem está deixando as motos urbanas de baixa capacidade cúbica e quer ganhar experiência visando os modelos mais potentes da família CBR.
No visual, a inspiração da nova esportiva da Honda na CBR 1000RR é mais do que clara. Estão ali os faróis grandes e angulosos, que receberam o reforço de uma terceira luz abaixo do parabrisa, a pintura branca com grafismos azuis e até mesmo o desenho da carenagem são análogos à sua irmã maior. Entretanto, as características mais “racing”, como os semiguidões, foram abandonados na esportiva de meio-litro para deixá-la mais confortável e fácil de pilotar para os motociclistas com pouca experiência em motos desse porte.
O mesmo aconteceu com o banco bipartido, que recebeu espuma mais aconchegante para piloto e garupa. O assento, da mesma forma que toda a parte traseira, é comum com a naked CB 500F, modelo da família com a qual a nova CBR média também divide outros elementos, como as rodas e o escape longo do lado direito.
Propulsor partilhado
O coração da CBR 500R é um bicilíndrico paralelo de 471 cm3 refrigerado a líquido e com comando duplo no cabeçote (DOHC). O propulsor, capaz de gerar 47,5 cv a 8.500 rpm e torque máximo de 4,38 Kgf.m a 7000 rpm, é exatamente o mesmo que equipa a naked e a crossover que compõem a linha, idealizado desde o início para ser mais dócil do que as outras esportivas equipadas com motores de quatro cilindros em linha.
O quadro tipo diamante feito em aço também é comum para os três modelos da nova família de 500cc e foi escolhido por oferecer boa distribuição de peso entre a dianteira e a traseira da moto, além de agilidade nas curvas. Algo que em se tratando de uma esportiva vem muito a calhar. De acordo com a Honda, o guidão ligeiramente mais alto ajuda a tornar a pilotagem mais confortável para motociclistas de diversas estaturas e ajuda a acomodá-los atrás do tanque de 15,7 litros.
No quesito suspensão, a Honda optou por equipar a CBR 500R com um monoamortecedor com ajuste de pré-carga em nove níveis na traseira e garfo telescópico de 120 mm de curso na dianteira. Embora as esportivas de média e alta cilindrada da marca invistam no garfo invertido (upside-down), a nova moto emprega um conjunto convencional, o que reflete no seu custo e a deixa mais acessível, reiterando a ideia de upgrade para quem vem dos modelos de baixa capacidade cúbica.
Já os freios são do tipo margarida em ambas as rodas, sendo o traseiro de 240 mm de diâmetro com pinça de um pistão e o dianteiro com 320 mm de diâmetro mordido por uma pinça de pistão duplo. Para auxiliar na frenagem, a esportiva também conta com o sistema ABS de dois canais como item de série que adiciona 2 kg ao peso da moto, deixando-a com 194 kg em ordem de marcha.
Ponto médio
A nova esportiva de meio litro não é apenas um degrau para quem está subindo de categoria entre os modelos urbanos. A CBR 500R também é indicado para o motociclista que já está pensando se sua próxima moto será uma devoradora de curvas como a CBR 600RR ou algo mais voltado para os passeios em estradas, caso da CBR 600F. Nos dois cenários, a 500R cumpre seu papel na evolução natural do motociclista como porta de acesso às duas motos.
No Brasil, onde a Honda também comercializa outros modelos da família CBR como a 250R e a 600F, além das superesportivas “Race Replica” de 600 e 1000cc, um modelo como a 500R para fazer a ponte entre eles seria bastante apreciado. Po,r enquanto não é possível cravar uma data de quando a moto estará entre nós, mas a boa aceitação de esportivas bicilindricas como a Kawasaki Ninja 650 pelo mercado nacional nos leva crer que tudo é uma questão de tempo.
Divulgação/Honda |
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