A Peugeot apresentou recentemente em Florianópolis (SC), a Hoggar, sua primeira picape leve produzida no Brasil, modelo que começará a ser vendido no dia 15 de maio em três versões: X-Line (R$ 31.400), XR (R$ 35.350) e Escapade (R$ 43.500).
De acordo com a montadora francesa, a picape oferece como principal atributo, a maior caçamba do segmento, com 1.151 litros de volume e 742 kg de capacidade de carga na versão X-Line.
A versão X-Line é voltada para o serviço, utilizando motorização 1.4 capaz de 82 cavalos de potência e 12,8 kgfm de torque quando abastecida com álcool e 80 cv e 12,8 kgfm com gasolina. Na opção intermediária (XR) a Hoggar utiliza o mesmo motor 1.4 e na versão “top” de linha (Escapade) a picape conta com motor 1.6 16 válvulas de 113 cavalos de potência com álcool e 110 cv com gasolina, ambos a 5.600 rpm, além de 15,6 kgfm e 14,2 kgfm de torque.
Primeiras impressões
Para avaliar a picape Hoggar, rodamos aproximadamente 182 km entre Navegantes e Florianópolis (SC), trajeto que envolveu rodovias, serras e trechos urbanos, e tanto a versão XR quanto a Escapade puderam ser avaliadas.
Embora com motorizações distintas, os modelos apresentaram características semelhantes, primando por boa dirigibilidade e bom aproveitamento do rendimento do motor. 
Os dois modelos têm caixa de marchas com relação do diferencial reduzida, que mantém o motor sempre em rotações elevadas, dando boa dose de torque e potência.
O motor 1.4 8V acelera rápido, facilitando retomadas e acelerações vindas de baixo giro.
O propulsor 1.6 16V comportou-se “preguiçoso” em retomadas de baixo giro, mas respondeu com vigor em médias e altas rotações.
Quando o veículo está em movimento, seu interior é silencioso. E o conforto é aprimorado pela possibilidade de regulagem da altura do banco do motorista, com o ajuste de altura e profundidade da direção e a potência do sistema de ar-condicionado.
A picape francesa utiliza em sua suspensão traseira barras de torção transversais com molas helicoidais.
Mas algumas coisas incomodam, como por exemplo, a posição de encaixe da chave de ignição, de difícil acesso.
O espaço traseiro para acomodar bagagens é pequeno. Estranhamos o controle dos vidros, presentes à frente do freio de mão, como em toda linha 207 e a falta de ABS em todas as versões (nem mesmo como opcional), apesar dos freios funcionarem bem. De acordo com a diretora de “marketing” da Peugeot, Denyze Souza Agostino, “a Hoggar possui a dirigibilidade de um carro de passeio e a robustez de um utilitário”. Qualidades que só os consumidores poderão avaliar no dia-a-dia. E como a voz do povo é a voz de Deus, vamos dar tempo ao tempo. (BN)
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, comando duplo (DOHC), injeção ¯ eletrônica, gasolina e álcool
Cilindrada: 1.587 cm³
Potência: 113 cv (A) e 110 cv (G) a 5.600 rpm
Torque: 15,5 kgfm (A) e 14,2 kgfm (G) a 4.000 rpm
Compressão: 11,0:1
Câmbio: Manual, de 5 marchas
Compr.: 4,52 m
Largura: 1,67 m
Altura: 1,52 m
Entre-eixo: 2,74 m
Caçamba: 1.151 litros
Carga útil: 650 kg
Suspensão: Independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos na dianteira, e independente por eixo de torção, com braços transversais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora na traseira.
Freios: Discos ventilados, na dianteira, e discos sólidos atrás.
Tanque: 55 litros
Aceleração: de 0 (zero) a 100 km/h 11,9 Segundos
Vel. final: 179 km/h
Preço sugerido: R$ 43.500,00
