De olho no mercado de SUVs médios no País, segmento com poucas ofertas por aqui, foi que a Toyota lançou o segundo integrante do projeto IMV (International and Inovative Multiutility Vehicle), o novo Hilux SW4. O modelo é o primeiro utilitário esportivo da marca produzido no Mercosul, fabricado na unidade de Zárate, em Buenos Aires, na Argentina.
continua após a publicidade
Assim como os rivais nacionais, a SW4 também foi desenvolvida a partir de uma picape. A Blazer saiu da S10, Xterra da Frontier e SW4 da Hilux. No mercado brasileiro, a SW4 herdou até o mesmo nome. SW vem de Station Wagon e 4, da tração nas quatro rodas.
Mas as diferenças entre a SW4 e a picape são grandes. Olhando de frente, os dois veículos são praticamente idênticos. Ambos trazem frente inclinada, pára-choque robusto, faróis multirrefletores de duas lâmpadas, grade de desenho horizontal e faróis de neblina em formato circular. As maiores diferenças, obviamente, ficam para as laterais e para a traseira.
Lateralmente, os destaques ficam por conta da linha de cintura alta da frente até a traseira, da coluna C com desenho inclinado que, em conjunto com os pára-lamas, as rodas de liga leve de 16 polegadas e os estribos, garantem maior esportividade ao modelo. Os espelhos retrovisores e as maçanetas são da cor da carroceria.
continua após a publicidade
Na traseira se sobressaem as lanternas multirrefletoras, com "design" inovador, que se prolongam pelas extremidades laterais, além de invadir a tampa do porta-malas. O carro traz ainda "spoiler" traseiro, contendo a terceira luz de freio, e ampla porta do bagageiro para facilitar o acesso.
Internamente, bom acabamento e amplo espaço garantem bom nível de conforto. O modelo vem com painel de instrumentos ergonômico, em dois tons, e detalhe cromado sobre o conjunto de instrumentos, composto por três aros. O console central inclui o mostrador do computador de bordo de oito funções (relógio, temperatura externa, consumo médio e instantâneo de combustível, velocidade média, tempo de viagem, autonomia e bússola) e logo abaixo vem o sistema de áudio para seis discos, que possibilita a leitura MP3. O jipão tem ainda ar-condicionado com controle digital.
continua após a publicidade
De acordo com o engenheiro Toshinori Goto, gerente-geral de produto da Toyota, a SW4 foi desenvolvida para atender às necessidades de uma família de espírito aventureiro, diferentemente da picape, que tem por princípio, vocação para o trabalho. (BN)
OLHO CLÍNICO
Ao volante da SW4 durante avaliação, nos deu a impressão de estarmos dirigindo um automóvel. A direção é leve e rápida. A SW4 é fácil de ser manobrada. Além disso, a área envidraçada permite boa visibilidade. E apesar do tamanho,
o modelo é esperto, tem boa estabilidade, e garante primoroso conforto. Além de sensação de segurança incrível. Por onde passamos, muitos pararam para admirá-la. E deu para entender porque os consumidores mais "abonados", utilizam estes veículos apenas como um automóvel de passeio.
O modelo avaliado era equipado com motor 3.0 com 4 cilindros em linha, 16V, DOHC Turbodiesel Intercooler, de 163 cv a 3.400 rpm. De acordo com números do fabricante, o torque máximo é de 35 kgfm entre 1.400 e 3.200 rpm, números que garantem tranqüilidade durante as mais difíceis ultrapassagens. Outro ponto forte fica por conta do conforto proporcionado pelos assentos e pelo baixo nível de ruído dentro do habitáculo. O tradicional nível de ruído proporcionado pelos motores diesel é quase imperceptível com os vidros fechados. Em pavimento de asfalto bem-conservado, nem parece que se está ao volante de um veículo a diesel.
Seu reforçado chassi, para diminuir as torções, a nova suspensão traseira e o sistema de freios, com ABS nas quatro rodas, garantem a segurança dos passageiros. A lista de itens de série é extensa. Inclui freios ABS, duplo "airbag", vidros elétricos, rodas de alumínio e sistema de som com rádio, CD player, disqueteira, toca-fitas e leitor de MP3, além dos itens mencionados anteriormente.
Quando equipada com câmbio automático (como a avaliada), a SW4 traz ainda o piloto automático. O banco traseiro é bipartido, na proporção de 60/40, com encosto reclinável e apoio de braço central. No futuro, a Toyota estuda oferecer uma terceira fileira de assentos como opcional. Pelo que custa, a Hilux SW4 deveria trazer ainda mais recursos, que se encontra em modelos da mesma faixa de preço. Volante com ajuste de profundidade (ele só tem regulagem de altura) e vigia traseira basculante, por exemplo.
Trata-se de um lançamento que chegou em boa hora ao mercado.
Não se trata apenas de uma picape Hilux com teto na traseira. Mudou bem para agradar quem procura conforto ao rodar na cidade. O que assusta é seu preço: R$ 140.800,00 com câmbio manual e R$ 149 mil com câmbio automático e bancos em couro. Mas acredito que vale. (BN)
FICHA TÉCNICA
Motor: Dianteiro, longitudinal, turbodiesel, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, com sistema de injeção direta e eletrônica de combustível "common-rail"
Cilindrada: 2.982 cm3 163 cv a 3400 rpm
Torque: 38,5 kgfm entre 1400 rpm e 3200 rpm
Taxa de compressão: 17,9:1
Câmbio: Manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades com regulagem eletrônica (ECT)
Comprimento: 4,69 m
Largura: 1,84 m
Altura: 1,85 m
Entre-eixo: 2,75 m
Capacidade: 635 kg (M) e 595 kg (A)
Peso: 1.880 a 1900 kg (M) e 1900 a 1.915 kg (A)
Suspensão: Independente, braços duplos triangulares, molas helicoidais e barras estabilizadoras na dianteira; 4-link, 4 pontos de fixação, e molas helicoidais na traseira
Freios: Discos ventilados na dianteira e a tambor com LSVP (válvula proporcionadora sensível à carga) na traseira. ABS nas quatro rodas
Utilizamos cookies para oferecer a melhor experiência de navegação, de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.