A nova geração do Grand Cherokee, de acordo com a própria montadora, é o Jeep mais luxuoso e sofisticado de toda a sua história. . O visual, por exemplo, sofreu grande influência do Wagoneer, utilitário topo de linha da Jeep que foi produzido por três décadas (1963-1993) – até hoje é o veículo que mais tempo ficou em produção nos Estados Unidos.
No Brasil o Grand Cherokee é vendido em duas versões de acabamento: a básica Laredo e a topo de linha Limited. O Jornal do Automóvel avaliou a versão Limited, equipada com propulsor 3.6 litros V6 Pentastar, o mais novo motor desenvolvido pela norte-americana Chrysler.
Dotado de comando variável de válvulas, o propulsor a gasolina e naturalmente aspirado produz fortes 286 cv de potência, além de um torque robusto de 35,4 kgfm aos 4.300 giros.
Seu câmbio automático de cinco marchas trabalha em conjunto com o sistema de tração 4X4 Quadra-Trac II. A transmissão oferece modo seqüencial, que curiosamente tem apenas quatro marchas – a quinta seria um “overdrive” disponível somente no modo automático.
No melhor estilo americano de vida, o novo Grand Cherokee também foi concebido para ser o modelo mais seguro e agradável fabricado pela Jeep. Apesar da limitação das marchas, a transmissão se mostrou muito bem escalonada e ligeira nas trocas. Não houve trancos nem demora nas mudanças.
Durante a avaliação na estrada, o Grand Cherokee se mostrou um carro de passeio de dimensões robustas, musculosas. Um jipão dócil de guiar. O silêncio a bordo foi o que mais impressionou, com nível baixíssimo de ruídos externos e do motor V6 Pentastar quase não se houve sou ronco.
Com o seletor posicionado no modo Sport, o sistema faz com que o câmbio estique as relações até o limite de giros do motor, fazendo com que o veículo acelere de forma mais agressiva.
Como todo jipe que se preze, tem de ser capaz de encarar os obstáculos da natureza. Essa é a sua real vocação. E com o Grand Cherokee, não é diferente. Se for preciso ele enfrenta e supera com tranqüilidade, areia, lama e trechos alagados. Nessa hora sobrou a tecnologia embarcada.
Bastou acionar o modo de reduzida (4X4 Low), por meio de um botão junto ao seletor do Select-Terrain, próximo à alavanca do câmbio. Para acioná-lo é preciso posicionar o câmbio em neutro e pressionar o botão por dois segundos. E em seguida ele enfrenta qualquer terreno com facilidade.
Mas este Grand Cherokee não foi criado para oferecer esportividade, por isso demora um pouco para ganhar velocidade. Ao SUV “top” da Jeep, o que vale é o poder 4X4, o luxo, o conforto e a sofisticação. Comparado ao modelo anterior, este é realmente outro Grand Cherokee. Um carro que oferece conforto, potência e segurança ao motorista e a sua família.