No início do ano, o Governo Federal anunciou uma ampliação nos investimentos destinados às rodovias e ferrovias, visando facilitar o transporte da safra de grãos até os portos para serem exportados. As ações abrangem aprimoramentos nas estradas e a finalização de obras estruturais, com os recursos distribuídos entre as regiões denominadas “Arco Norte” e “Arco Sul Sudeste”. O objetivo do Governo no Arco Sul Sudeste é deixar, pelo menos, 80% das rodovias classificadas como boas, enquanto no Arco Norte é de deixar 90% com a classificação “bom” no índice do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

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O investimento no Arco Sul Sudeste foi de R$ 1,5 bilhão em 2023 para R$ 2,05 bilhões em 2024. Já no Arco Norte, o valor investido foi de R$ 2 bilhões em 2023 para R$ 2,66 bilhões em 2024. Tiago Dallagrana, Diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), explica que os transportadores esperam que as obras de fato aconteçam e sejam concluídas em prazos razoáveis.

“Esperamos que as obras sejam devidamente fiscalizadas para acontecerem dentro do previsto, podendo assim trazer melhor condição de produtividade e segurança para operarmos nas rodovias. Hoje, o país é muito penalizado com o elevado custo logístico causado pela precária infraestrutura disponível na maior parte de sua malha rodoviária”, afirmou o diretor.

O montante representa um aumento de 31% em relação aos recursos públicos destinados a essas áreas em 2023, quando a União investiu R$ 3,6 bilhões. Entre os projetos detalhados pelo Governo estão a pavimentação de 5 rodovias federais e 60 obras estruturantes.

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Tiago explica que apesar do alto investimento, o valor total não é suficiente para atender às necessidades do setor de transporte de cargas. Segundo ele, atualmente, muitas rodovias estão completamente obsoletas quanto ao dimensionamento em relação ao volume de veículos que transitam por elas. “O caminho é longo e os investimentos muito altos, mas creio que as parcerias através de concessões se levadas a sério podem sim trazer melhoras significativas ao setor e diminuir ao longo dos anos grande parte dos gargalos atuais”.

Outro fator apontado pelo diretor, é referente aos atrasos nas obras de infraestrutura do país, fazendo com que os trechos não consigam comportar o crescimento de fluxo que já ocorreu, dificultando o caminho para eliminar os gargalos logísticos que atualmente afetam o escoamento da produção.

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“Neste sentido, entendemos que as parcerias com o setor privado podem trazer maior celeridade para estas obras e promover uma constante reavaliação dos planos de investimentos e obras para os próximos anos, com isso buscando antecipar a execução das mesmas e reduzir os gargalos atuais do país”, finalizou. (Foto: Divulgação).