O tuning já tomou conta do futebol. Douglas Silva, meio-campo do clube Atlético Paranaense, conta que sempre gostou de mexer nos carros que teve, colocando rodas e trocando pára-choques. O seu antigo Gol já era invocado, com rodas aro 17″, spoilers laterais e pára-choques personalizados. Mas dessa vez ele foi um pouco mais longe. Personalizou seu Audi A3 e colocou um som de primeira. “O carro é como se fosse minha casa. Quero ter o som pra curtir.” Douglas conta que em uma viagem a Santa Catarina com o clube viu um A3 passar “voando” na estrada. Ficou encantado e decidiu que queria um. No ano seguinte ao Campeonato Brasileiro de 2001, quando foi campeão do Brasileirão, o meio-campo logo trocou o Gol GIII por um Audi A3, 1.8 Turbo.
E aí começaram as transformações. O carro ganhou novo pára-choque dianteiro, spoilers, lanternas, rodas, som, insulfilme e semi-blindagem. As lanternas traseiras são chinesas, de cristal, da Aurora, que segundo o jogador, viu num A3 prateado e achou bacana. “No dia seguinte liguei para a loja para ver se conseguiu uma daquele tipo”, conta. E nas lanternas dianteiras colocou uma lâmpada de Xenon.
A parte de som e imagem é a grande atração. No painel há um DVD Pioneer, que reproduz DVD, MP3, CD-R e CD-RW. A tela de 6.5″ só é liberada quando o freio de mão está puxado. Douglas explica que essa é uma medida para que a instalação de DVD no veículo não fique fora do que determina a legislação. Além disso, há também um CD Pioneer e um kit de alto-falantes MTX, esse último colocado no lugar do original.
Wagner Andrade, proprietário da Westphalen Tuning, onde Douglas costuma levar o carro para as modificações, conta que o jogador tem uma característica muito marcante, que é o som. “De repente a gente escuta umas batidas fortes vindos lá da esquina e agente sabe que é o Douglas chegando, arregaçando o som num hip-hop.”
Para logo, o jogador pretende colocar um ship de potência no motor, que aumentará os originais 150 cv para básicos 230 cv. O meio-campo quer apenas conforto e estabilidade no carro. Tanto que não quer colocar neon, aerofólio ou nitro no motor. “Muita coisa no carro chama atenção demais. Está bom assim e me sinto bem com ele”, conta Douglas. E apesar de tudo que já transformou no carro, diz que não tem intenção de participar de campeonatos de tuning, apenas os acompanha.
Giselle Ulbrich
e Dante Luiz Alberti – tuning@pron.com.br