A Peugeot passa a trazer ao Brasil o RCZ, cupê esportivo de desenho ousado. Seu “design” também é um capítulo à parte. Muito elegante, chama a atenção pela dupla ondulação do teto e do vidro traseiro. Por dentro, onde o ar-condicionado é de duas zonas, é fácil reconhecer comandos comuns a veículos da PSA Peugeot Citroën ao lado de alguns charmes, como o relógio analógico, um ícone de esportividade. O Jornal do Automóvel participou de “test-drive” com o RCZ num autódromo particular em Indaiatuba (São Paulo), podendo levar o modelo aos limites permitidos pelo traçado, bastante travado e com curvas cegas. O RCZ de produção vem da Áustria (fabricado pela Magna Steyr), e um primeiro lote de 200 unidades está medindo a temperatura do mercado brasileiro. Para agradar aos pés direitos mais pesados, conta com um argumento quase definitivo: o motor 1.6 turbocomprimido de 165 cavalos a 6.000 rpm e soberbo torque de 24,5 kgfm despejado nas rodas dianteiras a apenas 1.400 rpm. Ele foi concebido em parceria com a BMW e é usado pela Peugeot no “crossover” 3008 – modelo 200 kg mais pesado que o RCZ e elogiado pelo bom desempenho. Além disso, o cupê da Peugeot só vem ao Brasil com transmissão automática seqüencial de seis marchas. A marca optou por não trazer o carro com câmbio manual, prevendo baixa demanda. O carro é definido como um 2+2, mas serve apenas a solitários ou casais sem filhos. Dados de fábrica indicam que o esportivo Peugeot RCZ acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e atinge velocidade máxima de 213 km/h. Na pista pudemos experimentar também os itens que evitam barbeiragens, como o controle de tração inteligente integrada ao ESP (programa eletrônico de estabilidade) e os freios ABS (antitravamento). Na pista, o RCZ mostrou-se muito bem acertado, mesmo sob forte exigência. Direção direta, suspensão firme e pneus baixos e largos garantem a estabilidade necessária para unir diversão e segurança. O cupê ganha velocidade de forma natural.Mas seu câmbio de seis velocidades poderia ser mais curto. Os sistemas eletrônicos entraram em ação em manobras mais abusadas, aparentemente freando as rodas internas à curva; em algumas situações, o motor foi brevemente “cortado”. E para maior segurança, há ainda um defletor traseiro que se abre automaticamente a 19 graus a partir de 85 km/h. Se o carro passar de 155 km/h, ele passa a 34 graus, opção que pode ser solicitada manualmente por intermédio de um comando num botão. A função é dar mais estabilidade a velocidades mais elevadas. As cores disponíveis são azul Tuanake, cinza Sidobre, preto Perla Nera, vermelho e branco Nacre (esta última perolizada, as demais são metálicas). Chega com três anos de garantia e revisões com preços fixos. O Peugeot RCZ é um atêntico esportivo que pode chegar a sua garagem pela bagatela de R$ 139.900,00.
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