Nada menos que seis anos levou a Volkswagen para mexer no “hatch” compacto com ares de minivan, lançado em meados de 2003.
Mas tanta demora possibilitou chegar a um resultado surpreendente. Em poucas palavras, o Fox parece ter atingido sua maturidade, pois preservou os principais atributos do modelo: espaço interno verticalizado, com os bancos em posição mais ereta, a ampla visibilidade e a abundância de porta-objetos distribuídos pelo interior.
O Fox estreou no Brasil a nova linguagem visual da VW, revelada em 2007 no cupê Scirocco e aplicada no ano passado nas novas gerações do hatch compacto Polo e do hatch médio Golf VI.
A nova dianteira ficou muito semelhante à do novo Polo europeu. Novos faróis, mais afilados e que sobem ligeiramente inclinados em direção aos pára-lamas são outros destaque. Ainda na frente, outro destaque: o novo pára-choque com uma moldura negra que se estende de ponta a ponta e deixa o visual dianteiro ainda mais agressivo.
Seus faróis de neblina aparecem agora embutidos nas extremidades e há uma tomada de ar enorme central.
Nas laterais, mais vincos foram aplicados à carroceria. Na traseira, a principal novidade são as lanternas, que mantém o formato antigo, mas exibe curiosa divisão para as seções de luz.
Reformulado, o habitáculo exibe novo painel, acabamento mais refinado, além do quadro de instrumentos agora completo. O console passa a ter dois relógios independentes para velocímetro e conta-giros e uma tela central ampla, onde são exibidas informações do computador de bordo, hodômetro, som e temperatura ambiente.
A bordo do novo Fox, o ambiente interno lembra o do Polo brasileiro. O ponto alto é o novo volante de três raios, emprestado do cupê Passat CC, com detalhe em alumínio escovado na base, botões integrados nos dois lados e borboletas atrás para trocas de marcha manuais.
Na versão 1.6 Prime I-Motion avaliada pelo JA, seu motor 1.6 litro flex, de 104 cv com álcool, ofereceu repostas ágeis ao acelerador, favorecido principalmente pelo torque máximo de 15,6 kgfm, que é despejado logo aos 2.500 giros.
A comunicação com o câmbio automatizado ASG é muito bem interpretada. Com bom escalonamento, a transmissão faz as trocas de forma suave. Mesmo assim levamos algum tempo para nos acostumarmos com o cambio automatizado. No trânsito urbano, o Fox 2010 ofereceu conforto na medida certa, com ótimo ajuste, sem ser molenga nem rígido em excesso.
Na estrada, o Fox que agora está mais chique e arrojado, comportou-se muito bem, mostrando boa estabilidade e realizando ultrapassagens com segurança. Enfim, o novo Fox é um veículo completamente renovado por dentro e por fora, e agradável de dirigir. (BN)
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal,
4 cilindros em linha, 8 válvulas, comando simples (SOHC), flex
Cilindrada: 1.598 cm³
Potência: 101 cv (gasolina) e 104 cv (álcool) a 5.250 rpm
Torque: 15,4 kgfm (g) e 15,6 kgfm (a) a 2.500 rpm
Câmbio: Automatizado ASG de
5 marchas
Compr.: 3,82 m
Largura: 1,64 m
Altura: 1,54 m
Entre-eixo: 2,46 m
Porta-mala: 260 / 1.016 litros (com o banco traseiro rebatido)
Suspensão: Independente do tipo McPherson com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora na dianteira, e por eixo de torção, com braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos, na traseira.
Freios: Discos ventilados, na dianteira, e tambores, atrás. Opcionalmente com ABS e EBD
Tanque: 50 litros de combustivel
Aceleração: 0 a 100 km/h em 11 segundos
Vel. final: 184 km/h
Preço: R$ 39.400,00
