Ford Modelo T completa 100 anos

A Ford e fãs do automobilismo do mundo todo comemoraram sábado passado, 27 de setembro, o centenário de produção do primeiro Modelo T, o carro que pôs o mundo sobre rodas.

O evento oficial foi realizado em Detroit, sede mundial da empresa nos Estados Unidos.

De lá saíram uma carreata, chamada “Ford Quatro”, passando pela Fábrica Piquette, pela Casa de Edsel Ford (filho de Henry Ford), pela Fair Lane, mansão em formato de castelo que pertenceu ao fundador da marca, e pelo Museu Henry Ford.

Várias comemorações em homenagem aos 100 anos do Modelo T aconteceram durante o ano, incluindo exibições de aviões antigos, campeonatos de desmontagem e montagem de Modelos T, palestras de executivos e membros da Ford sobre futuros produtos e encontros de colecionadores. A maior delas ocorreu em julho, em Richmond, Indiana, nos Estados Unidos, com a reunião de 900 veículos de várias partes do mundo.

Cerca de 15 milhões de Modelos T foram produzidos de 1908 a 1927, mudando não só a indústria e o cenário urbano como o modo de vida de milhões de pessoas.

Antes dele, cerca de 90% da população jamais havia viajado a mais de 30 km de casa e experimentou uma liberdade de movimento sem precedentes. A palavra motel, ou “motor hotel”, por exemplo, provavelmente não existiria sem o sucesso do Modelo T.

Mais que uma propriedade, o carro era considerado um membro da família e recebia apelidos carinhosos. Ele inicialmente foi projetado e construído em Detroit, num pequeno galpão conhecido como Fábrica Piquette. Seus protótipos circularam no começo de 1908, mas a primeira unidade para venda só ficou pronta em 27 de setembro do mesmo ano.

Conforme o sucesso do carro aumentava, a Ford foi expandindo rapidamente o local e em seguida construiu a fábrica de Highland Park, onde nasceu a linha de montagem.

Versátil, o Modelo T foi produzido com diferentes tipos de carrocerias, incluindo “roadsters”, “speedsters”, cupês, sedãs e picapes. Além de ter robustez para enfrentar as estradas ruins da época, também era simples de operar. Ele saía da fábrica com poucos acessórios.

Para reduzir custos, muitos modelos não tinham nem mesmo porta para o motorista. Mas uma forte indústria de componentes também floresceu em torno dele, fornecendo itens como medidores de gasolina que substituíram as réguas de madeira usadas pelos motoristas para conferir a quantidade de combustível no tanque.

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