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O Honda Fit vem repetindo no mercado brasileiro o bom desempenho de vendas que vinha sendo registrado em sua "carreira" no exterior. Isso porque exibe conjunto harmonioso, com visual interessante, motorização sintonizada com sua proposta e habitáculo muito agradável.

Por fora, o carro é pequeno, com amplo pára-brisa e dianteira curta, bem ao estilo da tendência de "design" de vanguarda. O "design" do Fit pode até ser de gosto discutível. Mas fato é que os faróis redondos tipo "canhão" com sobrelentes triangulares transparentes conferem-lhe forte personalidade. Além disso, a mistura de conceitos de "hatchback" e de monovolume, com detalhes como a grade pequena, o pára-choque "gordinho", a linha de cintura alta e a traseira algo chapada.

A traseira é caracterizada pelo corte vertical. O pára-choque, na mesma cor do carro, é integrado à carroceria e aos pára-lamas. As lanternas, de desenho triangular, são bonitas e acompanham as linhas da tampa do porta-malas, avançando também pelas laterais.

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Sua tampa traseira possui bom ângulo de abertura, o que facilita o acesso de bagagens ao porta-malas. A capacidade de carga pode variar de 353 litros a 1.321 litros, com os encostos dos bancos traseiros rebatidos.

O modelo agrada ainda mais por dentro. O espaço interno é amplo, acomoda cinco passageiros sem grandes apertos e o acabamento é esmeradíssimo. O carro traz de fábrica trio elétrico, ar-condicionado, cintos dianteiros e volante com regulagem de altura, tomada 12 volts no painel onde haveria um isqueiro , luzes de leitura dianteiras e limpador/lavador/desembaçador traseiro.

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Na parte de segurança, o Fit LX-L ainda agrega "air bag" duplo, freios com ABS, "brake-light" e aviso sonoro de cinto desengatado. O carro não tem opcionais e itens "ausentes" – mas interessantes – como um CD player, por exemplo, só estão disponíveis como acessórios.

Além disso, o usuário do Fit ainda conta com um interessante recurso no banco traseiro – de série. Batizado de ULT – sigla para "Utility, Long and Tall" -, sistema que oferece, na prática, a opção de diferentes configurações, por meio do rebatimento dos encostos e dos assentos, permitindo assim, a criação de espaços para volumes de diferentes dimensões. Trata-se de um multiuso voltado para ser usado no dia-a-dia dos trajetos urbanos, com eventuais "fugidas" para as estradas.

OLHO CLÍNICO

Na frente, o compacto Fit da Honda abriga motorização adequada à sua vocação de carro familiar. O Fit testado era equipado com motor 1.4 litro de 8 válvulas, SOHC i-DSI (ignição dupla seqüencial inteligente), que favorece o uso urbano, onde o veículo é mais exigido em baixas rotações.

O painel, revestido em plástico escuro e de textura rugosa, vem com conta-giros, velocímetro e demais instrumentos em posições de fácil leitura. Seu volante de três raios tem a mesma textura do painel, boa empunhadura e pode ser regulado em altura, mas não em profundidade. Mas o motorista encontra facilmente boa posição de dirigir, em virtude do ajuste de altura do volante e da fácil regulagem do banco. Tudo à mão e ao alcance dos olhos.

No uso diário o Fit sai-se perfeitamente bem. Os 80 cv e 11,8 kgfm fornecidos pelo motor 1.4 oito válvulas são mais que suficientes para se ter respostas adequadas no âmbito citadino, com agilidade adequada, alguma vantagem nas disputas pelo espaços e respostas honestas. Na hora de estacionar, o modelinho beneficia-se de suas dimensões enxutas, que inclusive compensam a retrovisão parcialmente limitada pelas grossas colunas traseiras.

O consumo do carro varia nas médias de 10 km/litro na cidade e 14 km/litro na estrada. As retomadas de velocidade são muito boas uma vez que o motor de 80 cv chega a 11,8 kgfm de torque em apenas 2.800 rotações por minuto. Se no primeiro momento a impressão que se tem do motor é de que ele é fraco, após alguns quilômetros rodados, o motorista tem outro conceito sobre o propulsor. A versão testada (LX) veio equipada com câmbio manual de cinco marchas, com boa relação.

Na prática, o compacto da Honda parece talhado para atividades cotidianas como idas ao supermercado ou o transporte dos filhos para o colégio. Na estrada, porém, algo muda. Em viagens, subidas de serra e principalmente nas ultrapassagens sente-se real falta de ímpeto por parte do motorzinho 1.4. Aí há de se ter alguma paciência e conter qualquer intenção mais esportiva. Nestas condições, o Fit requer condução civilizada e cerimoniosa, para não correr riscos, tendo se mostrado estável nas curvas e retas, com freios que garantem segurança nas frenagens fortes. Segundo a montadora sua velocidade máxima é de 150 km/h.

FICHA TÉCNICA

Honda Fit XL-L 1.4 8V

Tipo: dianteiro, transversal, com quatro cilindros em linha, 8 válvulas, a gasolina

Cilindrada (cm3) – 1.339

Taxa de compressão – 10,4:1

Potência máxima (cv/rpm) – 80 a 5.700

Torque máximo (Kgfm/rpm) – 11,8 a 2.800

Transmissão

Câmbio mecânico com cinco marchas a frente e uma à ré

Suspensão

Dianteira e traseira: Independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores e barra de torção

Freios

Discos ventilados na frente e tambores na traseira com ABS

Pesos (kg)

Em ordem de marcha – 1.070

Carga útil – 450

Capacidades (l)

Porta-malas – 380/1.321

Dimensões externas (mm)

Comprimento – 3.830

Largura – 1.670

Altura – 1.420

Distância entreeixos – 2.450

Fonte: Honda