Fiat 500 é um retro cheio de charme

Carros europeus são raríssimos no leque de modelos da Fiat comercializados no Brasil. Com o pequenino 500, a história é outra.

O subcompacto”hatch” produzido em Tychy, na Polônia, tem proposta muito específica.

Releitura do Nuova 500, carrinho popular lançado em meados de 1957 e que se tornou febre de vendas na Itália, o “Tchinqüe Tchento” atual é um modelo de nicho. O desenho retrô e as dimensões pequenas o colocam em uma briga restrita com modelos como Volkswagen New Beetle, Smart Fortwo e Mini Cooper, os chamados ‘funs cars’.

Tanto que a Fiat está comedida em relação ao volume de emplacamentos do ‘Tchinqüe Tchento’ – como se pronuncia o nome do simpático “hatch” polonês.

No “design” o 500 impressiona. As linhas estão mais encorpadas, mas mantém o estilo clássico que fez do subcompacto “hatch” um fenômeno de vendas no passado.

A bordo do retrô Cinquecento o visual é o primeiro aspecto marcante. O painel moderninho, com o aplique central na mesma cor da carroceria, transmite sofisticação, apesar de as peças de plástico rígido não ostentarem refinamento. O espaço interno é compacto e ligeiramente apertado. Pernas e cabeça não encontram sobras nos 2,30 metros de entre-eixos por 1,49 m de altura.

Seus comandos estão bem posicionados. E a alavanca do câmbio é integrada ao painel, com manuseio prático. E o quadro de instrumentos otimizado faz o carrinho parecer um brinquedo.

O visor redondo do computador de bordo ao centro é rodeado pelos relógios do conta-giros e do velocímetro.

Os ponteiros se cruzam a todo o momento e tornam a experiência ainda mais envolvente.

Em movimento, o “Tchinqüe Tchento” também agrada. Suas dimensões subcompactas facilitam as manobras e deixam o modelo bastante ágil e equilibrado no trânsito urbano.

Andando por vias expressas e congestionadas da Zona Sul do Rio de Janeiro, o motor 1.4 litro 16V a gasolina se mostrou suficiente e até arrojado, com a tecla Sport acionada. Os 13,4 kgfm de torque demoram um pouco a entrar, pois a energia só chega por inteiro só as 4.250 rpm.Durante o “test-drive” também foi possível notar o comportamento do câmbio automatizado Dualogic de cinco marchas.

No trânsito intenso, a caixa agrada pelo conforto. Mas com pista livre, às vezes ocorreram os inconvenientes engasgos nas trocas de relação, típicos dessas transmissões de embreagem simples.

As borboletas atrás do volante para mudanças manuais suavizam os trancos e aumentam a interatividade ao volante. Mas no Cinquecento tudo é interessante, por ser um carrinho urbano de estilo, com generosa pitada de diversão. Quem dirigi-lo vai gostar. (BN)

Ficha técnica

Motor dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, injeção eletrônica multiponto seqüencial e acelerador eletrônico, gasolina
Cilindrada 1.368 cm³
Potência 100 cv com gasolina a 6.000 rpm
Torque 13,4 kgfm a 4.250 rpm
Câmbio Automático Dualogic de 5 velocidades com “overdrive”
Comprimento 3,54 m
Largura 1,62 m
Altura 1,49 m
Entre-eixo 2,30 m
Porta-mala 185 litros / 550 litros com o banco traseiro rebatido
Suspensão Independente do tipo McPherson, braços oscilantes inferiores e barra estabilizadora, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos na dianteira, e rodas semi-independentes, com eixo de torção, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora na traseira.
Freios A disco ventilado na dianteira e a discos sólidos na traseira, com ABS e EBD
Tanque (l) 35 litros de combustível
Preço R$ 68.970,00

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