Com novo motor eletrônico e tração 4×4, a partir de maio a Ford começará a comercialização de sua nova picape F-250. A linha 2007 da F-250 é produzida também na versão cabine simples, com tração 4×2 ou 4×4 e acabamento XL ou XLT. A grande novidade da cabine simples, além do motor eletrônico 3.9 litros, é a capacidade de carga que foi ampliada, por conta do aumento da caçamba para 2,50 metros (8 pés) de comprimento.
Na dianteira a F-250 está com visual novo. Seu conjunto ótico conta com "design" moderno e lentes transparentes em policarbonato, com piscas integrados. A grade frontal e os pára-choques cinzas com novo desenho deixaram a picape com formato mais robusto. A versão XLT vem com acabamento cromado.
A traseira da nova F-250 é simples. Linhas quadradas e tampa traseira de fácil acionamento. As lanternas são discretas, acompanhando a linha de abertura da tampa da caçamba e saindo um pouco pelas laterais. O pára-choque é cinza na versão XL e cromado na XLT. O "brake light" está localizado na parte superior do vidro traseiro e a capota marítima faz parte da linha exclusiva de acessórios, assim como o engate para reboque.
Vista de lateral, a nova F-250 continua agradando, especialmente aquele consumidor que gosta de picapes enormes. E esta é bem grande. E requer que o motorista seja portador da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no mínimo, categoria "C".
Além do conforto e acabamento impecável, a nova F-250 ganhou novo painel de instrumentos, mais moderno e com novo grafismo. Tem mostradores de velocidade, conta-giros, hodômetro digital, combustível, nível do óleo, temperatura e carga da bateria, luzes indicadoras de proteção do motor – amarela, de advertência, e vermelha, no caso de falhas críticas -, de acionamento da tração 4×4 (High ou Low) e presença de água no filtro de combustível. Vem equipada, ainda, com direção hidráulica, ar-condicionado, aquecedor, vidro elétrico, espelho retrovisor elétrico, trava elétrica das portas, e aviso sonoro de chave na ignição e de faróis acesos. Na lista de opcionais há console central e rádio/toca-CD com MP3.
Sistema de tração total, de acionamento eletrônico, segundo a Ford, permite a nova F-250 enfrentar qualquer terreno e aumenta a sua aderência e a estabilidade, seja na lama, na areia ou em pista molhada. Todas as opções de tração são selecionadas de modo fácil pelo motorista, por meio de botões no painel. (BN)
OLHO CLÍNICO
Durante o teste de impressões ao dirigir realizado pelas belíssimas paisagens do Rio Grande do Sul, a grande F250 da Ford acaba logo com a idéia de que é difícil de dirigir, principalmente para quem é iniciante. Difícil é subir, principalmente para quem é baixinho, apesar do bom estribo e das alças bem colocadas. Mas é questão de hábito e, no final, vale pelo exercício físico.
Seu novo motor diesel eletrônico MaxPower, desenvolvido pela Ford e pela Cummins, tem 3.9 litros, quatro cilindros em linha, injeção eletrônica "common rail" e aspiração turbo "intercooler", desenvolve 203 cavalos de potência máxima a 2.900 rpm e 56 mkgf de torque máximo a 1.500 rpm. Segundo a montadora, o modelo cabine dupla acelera de 0 a 100 km/h em 14,2 segundos e atinge a velocidade final de 160 km/h, limitada eletronicamente.
Mas ao volante da F-250 logo se sente uma picape dócil e tranqüila. Para conduzi-la é obrigatório ter, no mínimo, habilitação de categoria "C". É preciso também atentar – mas isto não é difícil – para suas gigantes dimensões. Tem que se abrir mais nas curvas, calcular melhor os espaços para ultrapassar e, nas idas e vindas urbanas, se preparar para a peregrinação de se achar uma vaga. A posição de dirigir é muito confortável e o campo de visão é amplo. Na estrada, onde melhor se acomoda, é muito agradável e tem bom desempenho.
Durante o "test drive", realizado na região de Itaimbezinho, no Rio Grande do Sul, pudemos sentir o excelente desempenho da nova F-250. Mostrou-se rápida quando exigida, com ótimas retomadas. Os freios auxiliados pelo ABS param a picape em espaços curtos e sem desvios.
A picape da Ford surpreendeu nas primeiras voltas, tanto no asfalto, quanto na terra. Mas foi no circuito "off-road" que pudemos avaliar sua força e do que era capaz. Transpôs todos os obstáculos sem dificuldades e em trechos mais difíceis mostrou-se extremamente eficiente. Sua tração 4×4 foi utilizada apenas num trecho do circuito que estava realmente difícil de passar com 4×2. O sistema do botão 4×4 é fácil de ser manuseado. Está localizado no painel e as trocas podem ser feitas a até 80 km/h. Mas o 4×4 reduzido só deve ser acionado com a picape parada. Para completar, a suspensão é macia e os ângulos de ataque e de saída foram melhorados. A Ford não definiu seu preço, mas deverá chegar às revendas com preço entre R$ 93.000,00 (4X2) e R$ 135 mil (4X4). (BN)
FICHA TÉCNICA
Carroceria: picape grande, cabine simples (2 portas) ou dupla (4 portas)
Motor: Cummins MaxPower
Posição: dianteira/ longitudinal
Combustível: Diesel
Ignição: por compressão eletrônica
Alimentação: common rail
Nº cilindros/válvulas: 4 em linha/ 16
Cilindrada (cm3): 3.920
Potência máxima (cv): 203 (@ 2.900 rpm)
Torque máximo (kgfm): 56 (@ 1.500 rpm)
Eixo traseiro
Modelo: Dana 70
Relação: 3,55:1
Suspensão
Dianteira
Modelo 4×2: twin-I-beam, com molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores hidráulicos telescópicos
Modelo 4×4: eixo rígido, com feixe de molas parabólicas e amortecedores hidráulicos telescópicos
Traseira: eixo rígido, antiderrapante, com feixe de molas parabólicas e amortecedores hidráulicos telescópicos externos às longarinas
Direção: hidráulica, com coluna fixa (XL) ou ajustável (XLT)
Rodas: 7,0 x 16", em aço estampado (XL) ou alumínio (XLT)
Pneus: LT 235/85 R16 (XL) ou LT 265/75 R16 (XLT, opcional para XL)
Freios
Serviço: hidráulico, com dois circuitos independentes, a disco nas rodas dianteiras e a tambor na traseira. ABS nas rodas traseiras
Estacionamento: mecânico, com atuação nas rodas traseiras, acionado por meio de cabo ligado a um pedal com sistema de trava
Tanque de combustível (L): 110 110
