Motos de origem chinesa começam a incomodar o mercado, que ainda tem a hegemonia da Honda com 70% das vendas.
Estamos nos referindo a Dafra, que surgiu no ano passado e no acumulado deste ano está com 4,62% do mercado, um pouco atrás da Suzuki, que tem 6,21%.
Apesar de ser fabricada no Brasil, a Dafra tem toda a tecnologia chinesa e é produzida pelo grupo Itavema. Até o fim do ano a empresa deve lançar mais três modelos.
E a expectativa da empresa é grande: quer chegar a 12% de participação em 2012. Se isto acontecer ela estará ameaçando a vice-liderança da Yamaha, que tem 12,5% do mercado.
O primeiro ano de vendas mostrou que existe espaço para crescer no Brasil, pois a Dafra que esperava faturar no ano passado R$ 240 milhões e encerrou 2008 com faturamento bruto de R$ 380 milhões.
No ano passado a Dafra encerrou as vendas com 3,47%, em quinto lugar, atrás da Sundown, que teve 4,19%. Para atingir este crescimento, a Dafra investiu em publicidade. Foram R$ 60 milhões no ano passado, tendo como foco o consumidor que anda de ônibus.
A publicidade mostrou que ele pode ter um veículo próprio gastando a mesma coisa que gasta com o transporte coletivo. O próximo modelo a ser lançado pela Dafra será na categoria “scooter/club”, que tem a Honda Biz como líder do mercado (54,1%).
Para enfrentar a concorrência a Dafra Motos desenvolveu o mais moderno laboratório de controle de emissões de poluentes e análises experimentais da América Latina.
A instalação, cujo investimento total ultrapassou R$ 8 milhões, não apenas permite que a Dafra enquadre suas motos nas regras do Promot 3, nova regulamentação para emissão de poluentes, mas também possibilita à montadora desenvolver inovações tecnológicas para os seus futuros lançamentos.
Nele, a Dafra conta com equipamentos de última geração para realizar análises estruturais, de vibrações, testes conceituais e análises de desgaste, além dos estudos acerca das emissões de gases.