CrossFox 1.6 Total Flex

ja811.jpgCom apelo fora de estrada, a Volkswagen lançou o compacto CrossFox 1.6 Total Flex, modelo que apresentou ao público brasileiro durante o último Salão do Automóvel realizado no Parque Anhembi, em São Paulo. O CrossFox usa a mesma plataforma do Fox e tem estilo semelhante ao do modelo no qual foi inspirado.

Mas detalhes exclusivos ressaltam sua imagem esportiva. Os principais destaques visuais são quebra-mato integrado ao pára-choque, ?rack? de teto, faróis de longo alcance, estribos reforçado, molduras laterais e rodas de liga leve. Detalhe marcante é o estepe, localizado atrás da tampa do porta-malas. Para abrir o compartimento de bagagem, o motorista precisa antes destravar e puxar o pneu sobressalente, cujo suporte tem um sensor que aciona uma luz no painel quando estiver travado. Esse travamento é feito automaticamente toda a vez que o motor é ligado.

ja831.jpgNa prática, o estepe na traseira do carro pode dificultar a abertura do porta-malas, uma vez que o suporte articulado do pneu sobressalente precisa se deslocar num ângulo de aproximadamente 90´ para a porta traseira ser aberta totalmente. Se o estepe não se deslocar no ângulo necessário, a abertura do compartimento fica prejudicada.

O carro da Volkswagen agrada pelo visual, que inclui adesivo da raposa (Fox) na tampa traseira, inscrição CrossFox nas laterais e rodas de 15 polegadas montadas em pneus 205/60. Embora seja montado na plataforma do Fox, a versão com apelo ?off-road? ficou 5,3 centímetros mais alta do que o restante da linha, com altura de 1,63 metro.

ja834.jpgSeu interior moderno e funcional, com inúmeros porta-objetos, oferece boa posição para dirigir graças a ajustes de altura do volante e do banco do motorista. No painel, instrumentos bem posicionados e de fácil leitura. Destacam-se ainda no habitáculo, maçanetas, botão do freio de mão, linhas do painel de instrumento com acabamento na cor prata e os pedais de alumínio. O volante revestido de couro é opcional.

O CrossFox chegou ao mercado para atender ao público jovem que aprecia uma imagem aventureira, mas não para prática de atividades radiciais. Sua dura missão é disputar uma fatia do mercado como Palio Adventure e o bem-sucedido EcoSport da Ford. Por onde passa o carro da Volkswagen chama a atenção, pois graças a seus equipamentos ?off-road?, ele parece bem maior do que realmente é. (BN)

ja836.jpgOlho clínico

O CrossFox usa a mesma plataforma do Fox produzido na planta de São José dos Pinhais (PR), na Região Metropolitana da Grande Curitiba e tem estilo semelhante ao do modelo no qual foi inspirado. As modificações na suspensão e nos pneus, além dos novos detalhes da parte externa do Fox deixaram o modelo mais alto e pesado, o que obrigou a engenharia a reforçar o monobloco.

Sua coluna traseira, por exemplo, recebeu reforços para suportar o peso extra do estepe traseiro. Apesar disso, durante nossa avaliação o desempenho do modelo não decepcionou. O CrossFox é equipado com o mesmo motor bicombustível 1.6 da versão hatch, que gera 101 cavalos e 14,3 kgfm de torque a 3.250 rpm, abastecido com gasolina. Segundo a montadora alemã, o modelo atinge 175 km/h e precisa de 11 segundos para chegar aos 100 km/h, partindo da imobilidade.

Abastecido com álcool o motor 1.6 rende 103 cavalos e 14,5 kgfm a 3.250 rpm, acelera de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e atinge 177 km/h. Avaliamos o CrossFox com álcool puro e não percebemos praticamente diferença de aceleração e retomada em relação à versão ?hatch?, a não ser no consumo, um pouco maior do que a gasolina. A versão ?off-road? é mais lenta que a versão urbana.

Por causa da maior distância do solo, a estabilidade foi ligeiramente prejudicada. A altura extra exige um pouco mais de cautela nas curvas, mas nada que comprometa a segurança, mesmo porque o modelo não é carro de competição. Outro aspecto que diferencia o Fox do CrossFox é a posição de dirigir, que ficou mais elevada, favorecendo a visibilidade do motorista.

Além de andar no asfalto, percorremos alguns quilômetros num trecho irregular de terra, com buracos e pedras. A situação mostrou que a altura extra da suspensão deixou o modelo com aptidão para enfrentar trechos levemente adversos, mas nem tanto. Na parte final do trajeto, com muita lama, passamos com o CrossFox a 40 km/h e, embora esse trecho tenha exigido muito do carro, ele conseguiu superá-lo sem grandes problemas. Não dá para dizer que é um modelo para atividades radicais, mas em pequenas aventuras o carro tem boas chances de se dar bem.

O CrossFox oferece performance razoável em passeios fora-de-estrada, e enfrenta sem maiores problemas terrenos irregulares pelos quais veículos convencionais passariam com muita dificuldade. (BN)

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