Março trouxe bons resultados para o setor duas rodas. E bateu o recorde dos últimos 18 meses para o setor.
De acordo com a Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motos, o anúncio do término da isenção da Cofins levou os consumidores às lojas para aproveitar o último mês do interessante benefício.
O fato acarretou um aumento de 35,3% nas vendas para o consumidor final em relação a fevereiro, e de 17,3% em comparação com o mesmo período de 2009.
A alta puxou o resultado do acumulado do ano, que ficou 9,6% acima do registrado no primeiro trimestre de 2009. As vendas no atacado (mercado interno) também registraram alta, ficando 45,6% acima do apontado em fevereiro e 27,9% maiores do que no mesmo mês de 2009. Foram comercializadas em março 169.285 motocicletas, ante 116 mil do mês anterior.
Nos três primeiros meses de 2010, o setor de duas rodas registrou a comercialização de 410.095 motocicletas, ou 21,15% a mais do que o apontado no mesmo período de 2009. O presidente da Abraciclo, Paulo Takeuchi comemorou dizendo: “Os dados apontam para uma recuperação do setor, que foi muito atingido pela crise econômica de 2008, mas com o término da isenção da Cofins não sabemos como será a reação do público e os reflexos nas vendas”.
Como se sabe, o imposto acresce 3% no valor final do produto, e estava isento desde janeiro deste ano, mas voltou a ser taxado a partir de 1.º de abril. Porém, agora, com o término da isenção da Cofins, não sabemos como será a reação do público e os reflexos nas vendas”, afirma Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo.
“Acreditamos que os números continuem positivos, seguindo uma retomada geral do mercado. Caso contrário avaliaremos outras medidas possíveis de serem tomadas”, complementou o executivo.
Produção e exportação
Foram fabricadas em março 149.762 motocicletas, o que representa um aumento de 22,3% com relação a fevereiro. No acumulado do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 31,15%.
Na comercialização com o mercado externo, o mês registrou crescimento de 15,7%, o que levou o presidente da Abraciclo a queixar-se “de que aqui o mercado está se recuperando, mas no exterior ainda continua instável”.
No acumulado, o período ficou 25,8% abaixo do alcançado em 2009. “Logo atingiremos os patamares anteriores à crise de 2008”, concluiu o presidente da Abraciclo, Paulo Takeuchi.