Até novembro de 2004, o concessionário Corujão, especializado na marca Volkswagen, vendeu 4.354 automóveis. Este número representa um crescimento de 66,6% em relação a 2003, quando foram comercializados 2.614 carros. As vendas apresentaram crescimento em todos os setores: veículos novos, seminovos, para frotistas e para o governo.
Os automóveis mais comercializados foram os seminovos, totalizando até o momento 1.598 unidades, o que representa uma evolução de 138% em relação ao ano anterior. Porém, o crescimento maior se deu nas vendas para o governo, que adquiriu 429 veículos, 560% a mais que em 2003. Foram vendidos também 1.343 veículos novos e 984 para frotistas.
O Corujão, que é dirigido por Helmuth Altheim e sua família desde 1998, comemora em janeiro próximo 38 anos de existência. A concessionária foi fundada em 1967 com o nome de Felipe Comércio de Automóveis S/A. Em 1974 passou a se chamar Felipe Corujão, pois era a única revenda que trabalhava até a meia-noite, e, no ano seguinte, passou chamar-se apenas Corujão. Hoje, o Corujão emprega 194 funcionários e possui três lojas em Curitiba.
Apesar deste crescimento nas vendas, Altheim afirma que a atual situação econômica brasileira, com sua política de juros e de crescimento controlado, atrapalha bastante o desempenho das revendedoras. Porém, este panorama econômico provocou uma profissionalização da equipe de vendas. Hoje o vendedor de carros conhece o produto e sabe destacar as suas qualidades.
Segundo o empresário, o comportamento do comprador de automóveis mudou também. O cliente não compra o veículo interessado apenas na beleza, charme ou potência. A compra é decidida pelas condições de pagamento, pela economia e facilidade de manutenção do carro e se o valor das prestações estará dentro do seu orçamento. Outras características das vendas hoje é que, em 70% delas, um outro carro é usado como parte do pagamento e é a mulher quem possui o poder de decisão.
Para manter o cliente na concessionária, Helmuth diz que a empresa utiliza o serviço de pós-vendas. "Diferente do que acontecia no passado, hoje um automóvel retorna à concessionária apenas depois de um ano de uso, para a revisão obrigatória e se, há apenas alguns anos atrás o conserto demorava entre dez e quinze dias, hoje, devido aos equipamentos modernos e eletrônicos, que garantem maior qualidade nos serviços, o tempo médio de permanência do carro na concessionária é de 6 horas", conclui Altheim.