Não basta ser uma marca forte no mercado ou ter uma boa campanha de divulgação. Para cair no gosto do povo é preciso algo mais. Talvez design atraente, preço convidativo e , principalmente, causar uma boa impressão já no primeiro olhar.
Atualmente, o mercado possui exemplos de que a promessa nem sempre vira realidade quando chega às lojas. Alguns são até injustiçados, pois possuem atributos até melhores que os rivais que estão à frente.
Confira quais ainda patinam para alcançar as projeções feitas pelas marcas na época do lançamentos.
Volkswagen up!
O subcompacto Up! é um dos exemplos mais emblemáticos entre os injustiçados. O modelo com motor 1.0 3-cilindros é dos modelos mais divertidos e econômicos para rodar na cidade.
Ainda mais na versão TSI (turbo), que o deixa um foguetinho e é capaz de bater os 14 km/l no ciclo urbano e passa dos 16 km/l na estrada (com gasolina).
O TSI parece ter a força de um hatch com motor 1.8 durante acelerações e retomadas de velocidade.Não à toa, representa hoje 50% do mix de vendas da linha up!.
Em 2016, vendeu em média 3,2 mil unidades ao mês a ‘apenas’ a 13.ª posição entre os mais emplacados. Pouco para quem foi lançado com a meta de brigar entre os líderes e se tornar o novo Gol em vendas.
Fiat Mobi
Outro que ficou longe da meta de vendas estabelecida pela montadora. A Fiat desejava posicionar o Mobi no ‘top 3’ dos mais licenciados do país, seguindo o sucesso de outrora do Palio e Fiat.
Mas a realidade foi outra. A média de 2,4 mil unidades/mês no ano passado frustou as pretensões da Fiat. Além do visual controverso, o já superado motor 1.0 Fire, o aperto interno do veículo e o preço nada popular, acima dos R$ 30 mil, contribuíram para que o sucompacto não deslanchasse.
No fim de 2016, o modelo ganhou o moderno motor 1.0 3-cilindros na versão Drive, que o tornou um dos carros mais econômicos do mercado. O reflexo foi o aumento de 700 veículos/mês na média nos dois primeiros meses deste ano, pulando para 3,1 exemplares.
Talvez quando toda a linha incorporar o novo propulsor, o Mobi suba alguns degraus rumo ao topo do ranking.
Chevrolet Tracker
O Tracker chegou com pompa para fazer frente ao Ford EcoSport e Renault Duster, que nadavam sozinhos no universo do utilitários compactos. Ficou só na vontade.
A Chevrolet errou a mão lançá-lo primeiro apenas na versão topo de linha, com preço bem acima dos concorrentes. Depois veio uma opção mais simples, com valores acessíveis para a categoria, no entanto era desprovido de alguns mimos vistos no rivais, como sistema de som com bluetooth para conectar o celular.
A marca acaba de lançar a atualização do carro e a expectativa é de que agora seja diferente. Além do segmento estar em alta, o Tracker passou a ser um dos mais baratos entre os rivais, apresentar um visual moderno e a oferecer motor 1.4 turbo (153 cv e 24,4 kgfm de torque).
Fechou 2016 na longínqua oitava posição no segmento compacto, com 715 veículos negociados por mês.
Peugeot 2008
O crossover feito no Brasil é mais um incompreendido. Neste caso, talvez a falta de uma opção de câmbio automático na versão topo de linha Griffe combinando com o excelente motor 1.6 turbo (173 cv) acabe desanimando o consumidor.
Além disso, a versão 1.6 do aspirada tem apenas 122 cv, potência de hatch e não de um carro família. De resto, o Peugeot 2008 da beleza externa ao requinte e acabamento interior, além do preço interessante.
No ano passado alternou com o Tracker as últimas posições em vendas da categoria, finalizando com quase 900 carros licenciados ao mês.
Peugeot 408
Mais um Peugeot que não consegue conquistar o público brasileiro. E não é por falta de tabela atraente ou mecânica caprichado. Ao contrário do 2008, o propulsor 1.6 THP (turbo) está associado à transmissão automática (de 6 marchas), o que torna a condução muito divertida.
O sedã 408 também oferece equipamentos e espaço superiores aos dos campeões da categoria, mas nem assim é lembrado pelo mercado. Além do motor, a capacidade do porta-malas é o destaque: 526 litros (o Toyota Corolla, por exemplo, carrega 470 l de bagagem).
As vendas em 2016 foram de 77 unidades/mês, desempenho que o colocou na lanterna entre os médios e abaixo de sedãs bem mais caros, da categoria premium.
VW Golf Variant
De cada 10 pessoas que andarem no Golf Variant, pelo menos 9 vão falar bem da perua. O problema, neste caso, deve estar no segmento. A enxurrada de SUVs abocanhou o mercado de carro-família, outrora disputado por station wagon e minivans.
O modelo é movido pelo competente motor 1.4 TSI, de 150 cv (o mesmo do Jetta), capaz de levá-lo de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e alcançar 207 km/h de velocidade máxima. Contudo, conquistar o brasileiro parece ser uma tarefa quase impossível. Foram 981 exemplares emplacados em 2016 (média de 81 carros/mês).
Ford New Fiesta Sedan
A configuração três volumes do Fiesta é artigo raro nas ruas. Cerca de 140 unidades/mês saíram das concessionárias no ano passado. É pouco, considerando um carro compacto e familiar. O preço salgado, acima de R$ 60 mil, talvez sido um inibidor da procura.
A versão hatch, por exemplo, que parte de R$ 53 mil, licenciou perto de 1,4 mil veículos ao mês no mesmo período.
O New Fiesta Sedan até traz alguns mimos interessantes desde a configuração de entrada 1.6, como sensor de ré, direção elétrica, ar digital, abertura e fechamento global, multimídia com comandos de voz, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, entre outros.
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