Christiano Bornemann ganhou tudo em 2009

O ano de 2009 não poderia ter sido melhor para o piloto curitibano Cristiano Bornemann (WD 40/Embretech/NSO Borrachas/Maxi Cabos/Mundial Prime/Belt-Car/Prislux/ Freiocor/Autolex), que venceu todos os campeonatos que disputou, na categoria Marcas da velocidade na terra.

Vindo de uma família que tem a velocidade no sangue, de uma geração de pilotos que começou a correr na década de 70, com seu pai José Bornemann, que tem em seu currículo 350 corridas e 300 troféus guardados em sua vitoriosa galeria.

Seu irmão mais novo, Lucas Bornemann, foi campeão este ano na categoria Novatos “I”. Para não quebrar a seqüência, o filho de Christiano, Bruno, com 16 anos, iniciará testes em 2010, para dar continuidade a mais uma carreira de piloto na família.

Competindo de Gol 1.6, com 140 cavalos de potência, Christiano mostrou arrojo e perícia, ao vencer a Copa Brasil disputada em Rondonópolis, no Mato Grosso. Foram quatro poles, quatro vitórias e quatro voltas mais rápidas, sob um sol de 40 graus.

No Campeonato Brasileiro, disputado em Tangará da Serra (MT), Barreiras (BA), Rondonópolis (MT) e São José dos Pinhais (PR), somou mais quatro vitórias e o titulo de bicampeão na bagagem.

No Campeonato Paranaense, um susto na penúltima etapa de São José dos Pinhais, quando na largada o motor de seu carro apagou e teve que largar dos boxes na ultima posição. Ao fim da corrida, a quarta colocação lhe rendeu o tri-campeonato.

A tradição da família em colecionar títulos no automobilismo nem sempre foi fácil. A barreira mais difícil de todos estes anos foi conseguir patrocínio: “O automobilismo é um dos esportes mais caros do mundo. Este ano viajamos mais de 12 mil quilômetros para disputar estes campeonatos, com um custo muito alto em salário da equipe, motores, câmbios, suspensão, hospedagem, alimentação e combustível. Quero agradecer a Deus e a todos meus patrocinadores que acreditaram no meu potencial e me ajudaram nestas conquistas” disse Christiano.

Para o piloto, a maneira de conduzir um carro de corrida em pista de terra é totalmente diferente das demais competições em asfalto: “Na terra, com o carro a 170 km/h, a dificuldade é muito maior. O pó atrapalha a visão dos competidores e muitos acidentes acontecem, devido a esta falta de visibilidade. Isso sem contar com os buracos que vão se formando durante a prova. Eu mesmo já passei por isso e capotei meu carro com perda total em 2005”, argumentou o piloto.

Para a temporada 2010, a equipe de Christiano Bornemann, a Ávila Racing, está preparando um carro novo para o piloto: “Quero manter a escrita no ano que vem e trazer mais títulos para o Paraná. Esta temporada foi fantástica para mim. Pena que meu pai se aposentou. Fizemos bons pegas nas pistas de terra e aprendi muito com ele. Agora quero passar este aprendizado ao meu filho para manter a tradição de competir, lutar pela vitória e estar no lugar mais alto do pódio”, concluiu Cristiano.

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