No Rio Grande do Sul a fábrica da GM do Brasil de Gravataí, comemorou na última sexta-feira (1.º de setembro), a produção de 700 mil unidades do Celta. De acordo com informação da montadora, a unidade número 700 mil é uma versão "Super" de quatro portas, na cor vermelho Lyra, equipada com motor 1.0 Flexpower de 70 cavalos de potência.

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A linha 2007 do Chevrolet Celta chegou ao mercado trazendo estilo renovado, mas nenhuma modificação mecânica. Lançado em 2000, o carro de entrada da Chevrolet não havia passado por alterações de estilo desde então. Agora, ele ganhou aspecto mais robusto, marcado pelo vinco em "V" que contorna a entrada de ar, a grade e a tampa do capô. A reestilização buscou inspiração nas linhas do sedã Vectra.

 Na dianteira do Celta 2007 o destaque é o novo vinco em "V" rodeando a tampa do capô, a grade e a entrada de ar, recurso que deixou o carro com aparência mais robusta e atraente. O novo pára-choque é mais proeminente que o anterior. A grade do radiador foi redesenhada e traz, no centro, a gravatinha dourada da Chevrolet. Usada inicialmente no Vectra, esta caracterizará os novos veículos da montadora.

Para finalizar a reestilização, a Chevrolet introduziu no carro novos faróis, inspirados nos do Vectra. A lateral do Celta não passou por nenhuma modificação, mas a versão Super (topo da linha) agora conta com inéditas rodas de liga leve de 14 polegadas. Inovações na traseira: a placa de identificação do carro foi deslocada do pára-choque para a tampa do porta-malas. Esta, por sua vez, conta com desenho renovado, marcado por um vinco que a deixa menos arredondada do que a do antigo Celta.

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Suas lanternas são bem parecidas com as que equiparam o modelo até agora, apesar de mais estreitas. No interior, mudanças no painel de instrumentos: o marcador de combustível deixou de ser digital. Além disso, o grafismo está diferente e a instrumentação bem maior, facilitando a leitura.

A GM do Brasil passou a oferecer conta-giros e termômetro como itens de série para o Celta Hatch. Na versão topo da linha, a Super, o painel de instrumentos passa a contar com moldura prata, presente igualmente nas portas, que ganharam revestimento de tecido.

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O interior também ganhou melhorias no acabamento, um dos pontos mais fracos do "hatchback" compacto. Enfim, a GM do Brasil atendeu aos anseios de clientes desde o lançamento do compacto, em 2000. (BN)

Olho clínico

Há de se reconhecer que os projetistas da GM do Brasil foram muito felizes na reestilização do Celta 2007. Uma operação delicada, que nem sempre resulta em sucesso. A idéia da engenharia e estilistas foi tornar o carro mais agressivo, e conseguiram.

Assim como fez com a picape S-10, a GMB aposta no preço para manter o sucesso do Celta. Tanto que a linha 2007 chegou às revendas com preço competitivo. Mas, por dentro e por fora, ele está mais agradável de ver e dirigir. Avaliamos a versão Super 1.0 com duas portas e motor Flexpower pelas ruas e estradas da Região Metropolitana da Grande Curitiba e, para completar, descemos e subimos a serra pela BR-277, com rápida passagem pelo litoral.  O propulsor, independente do combustível, rende 70 cavalos. Seu torque é de 8,8 kgfm com gasolina e 9 kgfm com álcool, ambos a 3.200 rpm.

O Celta 2007 é um 1.0 honesto, cuja dirigibilidade prioriza a ergonomia, que oferece boa posição do motorista ao volante e garante conforto. Sua embreagem leve, e sua caixa de câmbio de cinco marchas proporcionam mudanças de marchas precisas. Sábia decisão de levar os interruptores dos vidros elétricos para a porta. Além de boa estabilidade, não decepcionou nas ultrapassagens e nem nos trechos de serra. Estar ao volante do Celta ficou mais agradável.

Segundo a montadora, abastecido com álcool o "hatch" acelera de 0 a 100 km/h em 13 segundos e atinge velocidade máxima de 157 km/h. Consumo urbano: 9,8 km/litro. Consumo rodoviário: 12,1 km/litro. E o consumo médio ficou em torno de 9,5 km/litro. O Celta 2007 é oferecido nas versões Life, considerada de entrada. A intermediária, Spirit. E a topo de linha, Super. As versões de acabamento ficaram inalteradas, assim como carroceria (duas ou quatro portas) e motorização (1.0 e 1.4).

A principal razão das montadoras investirem no desenvolvimento de modelos 1.0 são os incentivos fiscais. Eles pagam 7% de IPI, enquanto os demais são taxados por alíquotas superiores. As montadoras afirmam que o custo de produção de modelo 1.0 é o mesmo de um 1.4, pois compartilham a maioria dos componentes e levam o mesmo tempo para serem produzidos.

Sua versão de entrada, o Celta Life, é comercializada por R$ 24.490,00 enquanto a topo de linha (completa) chega a R$ 28.090,00 nas concessionárias da marca. O seu concorrente mais próximo continua sendo o Fiat Mille 2 portas, que custa R$ 21.610,00 atualmente.  (BN)