Catharino Andreatta, nome que jamais será esquecido

Há 100 anos nascia Catharino Andreatta, nome que jamais será esquecido no universo brasileiro do automobilismo de competição. Um dos mais, senão o mais famoso piloto de carreteira do país desde que estreou, em 1937, no circuito gaúcho de Venâncio Aires, obtendo o terceiro lugar. Nascido em Porto Alegre/RS a 25 de outubro de 1911, por 25 anos pilotou carros equipados com motor Ford, atingindo 48 vitórias em sua carreira, tendo falecido aos 59 anos de idade, vítima de câncer na garganta, a 21 de outubro de 1970, há 41 anos. Dedicou-se às corridas ao longo de 33 anos, sendo o maior vencedor e dono da mais longa carreira dentre os volantes gaúchos de carreteira tanto em competições de rua, de estrada ou autódromos. De acordo com levantamento feito pelo passofundense Nelson Rocha, Catharino obteve sua primeira vitória no Circuito Automobilístico de Vacaria/RS em 15 de fevereiro de 1942. Daí para a frente colecionou ainda, além das vitórias,  32 segundos, 19 terceiros, 3 quartos, 3 quintos, 1 sexto e 1 oitavo lugares.

Classificou-se em 92 provas, alcançando o pódio em 84 delas. Seu nome ficou gravado nas maiores provas do país, sendo o único piloto a ganhar três Mil Milhas Brasileiras/Interlagos/SP, vencendo ainda: GP Washington Luis, em estradas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; Circuito da Amendoeira/Rio de Janeiro para carros com motor a gasogênio; Subida da Montanha/Rio de Janeiro; Prova Rio de Janeiro/Petrópolis; por duas vezes, os 500 Quilômetros de Porto Alegre; e, prova no circuito de Piriapolis/Uruguai. No II GP Getúlio Vargas – estradas de São Paulo, Minas e Rio – fez oitavo lugar. Na corrida de 2.000 quilômetros entre Rio e Porto Alegre, liderava a etapa Curitiba/Florianópolis quando quebrou o carro em Blumenau/SC. Em 1953 assumiu o cargo de Diretor do Departamento de Automobilismo do Grêmio Foot Ball Portoalegrense. Numa de suas derradeiras provas, em 21 de dezembro de 1962, no Circuito Cavalhada/Vila Nova/RS, Catharino fez o inédito: largou o motor Ford e correu com a carreteira número 2 Chevrolet equipada com motor de Corvette (que pertencia a Camilo Christófaro e José Gimenez/SP) e obteve o segundo lugar. Pretendia construir autódromo na Lomba do Sabão, caminho para Viamão/RS, onde anos depois surgiu o Autódromo de Tarumã. Defendendo as cores da Escuderia Galgo Branco (imagem de cachorro da raça Galgo pintada nas portas do carro) ele mostrou a sua habilidade ao volante de uma carreteira no Brasil e no exterior.  Sem dúvida, o nome de Catharino Andreatta figura na página principal da história do automobilismo de competição brasileiro! Na foto, Catharino já em final de carreira.

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