Todo carro nacional a partir de 2014 deverá sair de fábrica com “airbag” de série. Mas, até lá, é bom o motorista tomar muito cuidado. Os carros populares brasileiros estão longe de ser exemplos de segurança e foram reprovados no “crash test” divulgado pela Latin NCAP.
Os testes da Latin NCAP (Programa de Avaliação de Carros Novos) seguem os mesmos parâmetros da avaliação europeia. Os veículos colidem com um obstáculo fixo numa velocidade de 64 km/h. A área atingida é de 40% da parte dianteira do automóvel. Além da colisão frontal, existem testes de batidas laterais e traseiras, que ainda não são mensurados na versão latino-americana. A análise dos resultados feita pela entidade é alarmante.
Chevrolet Celta, Ford Ka, Corsa Classic, Novo Uno da Fiat receberam apenas uma das cinco estrelas possíveis. O Nissan March ganhou duas estrelas, graças à presença de “airbag duplo” de série. A pontuação diz respeito a danos em passageiros adultos. Em relação a crianças, conduzidas em cadeiras no banco traseiro, o resultado foi um pouco melhor. Ford Ka ganhou três estrelas; Novo Uno e Celta receberam duas. Corsa Classic e March ficaram apenas com uma estrela.
Nos veículos médios, a situação é mais animadora. A Latin NCAP avaliou o sedã Chevrolet Cruze e os hatches Ford Focus e Nissan Tiida, todos equipados com “airbag” duplo. Os três ganharam quatro estrelas para adultos. Focus e Cruze conseguiram três para crianças, enquanto o Tiida apenas uma. Uma versão do Tiida apenas com “airbag” para o motorista teve três estrelas para adultos. De acordo com a NCAP, “os automóveis que são atualmente mais vendidos na região oferecem níveis de segurança de vinte anos atrás, comparados ao padrão comum “cinco estrelas” na Europa e América do Norte. Infelizmente, os carros de uma ‘estrela’ são os que dominam o mercado na América Latina e Caribe”. O parceiro do Latin NCAP no Brasil é a Proteste, uma associação de defesa do consumidor que avalia e testa produtos vendidos no País.
Maior oferta de “airbag” de série e melhoras na carroceria dos veículos vendidos por aqui são duas das alternativas apontadas pela entidade para melhorar os níveis de segurança dos modelos.
